segunda-feira, 30 de maio de 2005

O vinho e o pão

Lu Minami

Ouvindo: Tanto Mar, Chico Buarque

Roubei o jardim secreto da Ju. Quer dizer, não roubei, mas achei a portinhola secreta. Esse jardim acolhedor como um enorme cobertor xadrez, delicioso como as conversas de madrugada, confortável como um gole de chocolate quente no inverno, cicatrizante como o sol forte, agradável como uma tarde de outono, nostálgico como uma seresta sertaneja e consolador como um pôr do sol naquela varanda.

Penso que me achei de novo. Estava tão perdida e sem chão que não conseguia mais sorrir com sinceridade. Ah... voltei a sorrir. Voltei a acreditar no que tinham me desacreditado. Voltei a me emocionar com borboletas e com a banda do coreto. Voltei a abraçar forte e sentir que tudo vai ficar bem.

Me encontrei de novo quando me deram uma flor de madeira. Neruda ofereceu sonetos de madeira à Matilde para que ela lhes desse vida.

Estou bem. Sim, estou.

Para completar, a Karu deu seu jeito delicado e amável para abrandar seu coração e, de bônus, teve diplomacia o bastante naquela saia-justa que ela, mesmo pequena do jeito que é, conseguiu ter jogo de cintura e deu um show de contorcionismo para continuar seu caminho sem sequer ser perturbada, sem sequer perder sua doçura costumeira.

Ju, faltou você. Sua companhia e seus comentários sempre providenciais e maravilhosos fizeram muita falta nesse feriado. Principalmente porque sei que você não faria questão nenhuma de nos trazer de volta para o chão gelado da realidade. Pelo contrário, você ficaria lá em cima conosco, contemplando o belo sorriso amarelo da lua minguante de ontem.

Mas não se preocupe. Vou hoje correndo para te contar tudo!

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Lu, acho que foi a primeira vez que você disse que eu sou um doce!!
Hahahahahaha.
Você está com algum problema?
Meu Deus, vou levar você pra viajar toda semana, tá!!!
Pra onde vamos na sexta?

ju e lu [e vice-versa] disse...

Não seja injusta, Dona Karumujo.

hahahahaha... beijos, Lu

Anônimo disse...

Lu, dá um pokinhu de neurônio pra mim vai? Quem sabe assim eu aprendo a escrever bunitu tb!
Beijos


DENNIS

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