terça-feira, 23 de dezembro de 2008

supondo que fosse...

jú mancin

d °_° b deixa estar, los hermanos

...31 de dezembro de 2008, 23 horas e 45 minutos. e que estivéssemos a quinze minutos do fim desse ano. não! quinze minutos do ano novo, da vida nova. eu me despediria desse 2008 com um belo chute na bunda, daqueles bem redondinhos, bem encaixados, tipo aqueles chutes de escanteio que mandam a bola no ângulo. faria um gol olímpico com essa droga de ano derrotado e de aparência cinza. chutaria no ângulo pra tentar encaixar essa miséria nalgum lugar que não fosse o bueiro escuro em que me enfiei. e depois, brindaria ao ano novo. e desejaria a todos a paz que desejo a mim mesma. desejaria muito samba e rock n´roll. desejaria os meus amigos, os meus amores, os meus sabores. desejaria a ti o melhor de mim e a mim, tudo de ti; e sonhos, muitos sonhos, pé no chão é demodê, [vamos voar, a vida tem algo mais para dar!]. psicodelia por todos os poros.

meu discurso de ano novo seria em torno da sorte. é isso!

um tanto de inspiração, mais um tanto de transpiração.

vida longa aos seres imortais que habitam esse meu emaranhado confuso de idéias. desejaria um dois mil e nove com cara de lisergia, sabor de frutas vermelhas com vodka e cheiro de chuva e terra molhada.

desejaria o fim das coisas velhas e um bom recomeço para cada uma delas.

.

.

.

.

.

supondo que estivéssemos a quinze minutos do ano novo, eu só poderia desejar, do fundo do meu coração, à todos aqueles que me são caros [e raros] muita queda livre em chão macio, bossa n´roll e muita, muita, muita sorte!

.é 23.

ju mancin

d °_° b piper at the gates of dawn [o álbum], pink floyd

saudade!

[eu não tenho condições de dizer algo que não pareça rídculo ou exagerado.

uma palavra boba, INtraduzível noutra língua.

uma flecha de fogo, que corta a alma, o corpo.

a única que traduz a tua ausência fazendo silêncio em todo lugar.

...metade de mim agora é assim, de um lado a poesia, o verbo e do outro força e coragem pra chegar no fim...]

sábado, 20 de dezembro de 2008

bom dia sol!

ju mancin

d *_* b somebody to love, jefferson airplane

a noite cai e sobra sombra

vislumbro um futuro

de imagens fantásticas

no céu de baunilha o silêncio

Silêncio!

enfim o fim.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Novo ano, novas regras

Lu Minami

Ouvindo: I can´t explain
(The Who)


Ando sem inspiração.
De novo, moça?
Ah, de novo.

Quando a gente pára de sentir, pára de escrever. E agora que em 2009 tudo vai mudar de jeito, de lugar, de sentir e de falar, tudo vai ficar ainda mais difícil.

Tem ou não tem mais acento? Plurais, como ficam? Trema? Ah, não usava mesmo, sentirei menos. E o hífen? Como vou dizer guarda-chuva ou pára-raio? Tudo junto fica menos dramático, mais corriqueiro. Vai soar errado como guardar a chuva em algum canto ou se guardar dela. Ou parar o raio e guardá-lo para alguma ocasião que exija trovões.

E a falta de acento? Não tem mais na bóia, na clarabóia, na colméia, Zé Colméia! Pára de paranóia que não tem mais acento na nóia e nem na Coréia. Tá jóia, debilóide, faço o que com esse monte de tracinho agudo? Cadê o enfático, o agudo, o grito, o berro?

Tanta coisa nova no jeito de escrever. No jeito de sentir. De saber que todos têm, vêm, vêem e agora? Agora todo mundo vai igualzinho, sozinho ou acompanhado. E sem chapéuzinho.

Voltando ao hífen, escrever tudo junto o que antes era separado é esquisito. Quer dizer, tudo fazia mais sentido com a pausa do tracinho. Parecia que te preparava para o significado da palavra. Sub, por exemplo. Você sabia que era abaixo de algo. E agora sub-humano virou subumano. As ofensas ficaram meio patéticas. Como é que você vai xingar alguém de sub-humano??? [Ae, seu SUBUMANO de merda!]

E tem mais. Juntaram semirreta, contrarregra, antirreligioso, antirrugas (dá mais ruga só de falar), superamigo (parece coisa de amigo que superou trauma). Mas ex-namorado, ex-amante, ex-marido, continua separado. Isso nem a gramática nova juntou. Mas isso não é a gramática que faz, é pura química.

Em 2009, vou ter que mudar o jeito de escrever. Simplificar, ir direto ao ponto, com menos curvas e traços. E eu que amava ditongos, hiatos, acentos, hífens e paroxítonas vou ter que dar um jeito de escrever tudo que há de errado em mim de um jeito novo, para ser lido em qualquer lugar do mundo que fale minha língua. Apesar de eu achar que para tudo isso, não precisa de regra e muito menos de geografia.

Na verdade, acho que tô precisando mesmo é de uma revolução na química e na física mesmo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

.december sucks.

jú mancin

d °_° b feel good hit of the summer, QOTSA

só pra não perder o costume. em dezembro a ordem é:

não existe ordem!

é proibido proibir!

.

.

.

.

.nicotine, valium, vicodine, marijuana, ecstasy and alcohol.

. . . . . c.c.c.c.c.c.co.caaaaaaain. . . . .

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

.arroz, feijão e carne de panela.

ju mancin

d °_° b brain damage, pink floyd

dia desses, fui comemorar os 23 anos de um anjo. uma daquelas pessoas, que algumas outras pessoas chamam de excepcionais.

sim, eu também o acho excepcional. excepcionalmente puro, excepcionalmente lindo. uma sábia criança de 23 anos. um humano excepcional, daqueles que não se encontra por aí.

aí, bem na hora de cortar o bolo:

- anjo, não se esqueça do pedido!

e o anjo, muito puramente:

- ah...eu queeeero, hmmm...arroz, feijão e carne de panela!

risos...

fiquei pensando...tô com ele e não abro. é bem por aí. carreira, dinheiro, canudo é para os fracos. o negócio é arroz, feijão e carne de panela!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Elefantes nunca lembram

Lu Minami


Ouvindo: Johnny was
(Bob Marley)



Penso, calo, reflito, cresço. Cresço?

O embrião de algo maior pousa aqui dentro com a delicadeza de um elefante manco, esperando o dia de voltar à tona, de sair pela culatra e explodir em alguém. [Alguns alguéns]

Cresço porque preciso expandir. Meus espaços ocos, minhas idéias tolas, meus textos tristes, um pouco da minha loucura. O restante guardo para as minhas esperas infindáveis, formidáveis, alucinadas e desesperadas.

Faço uma lista. De desejos. De resoluções. De mudar. De dar meia-volta, volver. Verei. Viverei.

Meus ciclos vão ficando cada vez mais rápidos, meu relógio tende a correr, escorrer o tempo rápido, sem sentir. E meus problemas passam a ser de meia-hora.
Minhas corridas, partidas e chegadas, meias palavras, coração pela metade, copos meio vazios, meias verdades. Minha São Paulo, a cidade da meia-hora.

- Vem?
- Chego em meia-hora.
- Vai?
- Vou em meia-hora.
- Ama?
- Em meia-hora faremos amor. E concluir que não há solução para essa solidão.
- Chora?
- Meu pranto dura meia-hora, mais ou menos. Menos para o mundo, mais para mim.
- Só?
- Um pouco mais, deixe dar meia-hora.

Dezembro. Ah... dezembro.
Vivo menos os seus dias para chegar logo no inédito.
Sabendo que será tudo como sempre foi.
Pela metade.
Manca e desajeitada.
E sem a memória que todo bom elefante deve ter.

mallu e o camelo

mancin

d °_* b o herói e o marginal, mallu magalhães

ela 16, ele 33.

lindos. talentosos. decididos. JUNTOS!

todos felizes, né?!

NÃO!

porque hipocrisia tem sempre que pintar em cima das obras de arte...

imagina?! onde já se viu? ela é uma criança...

pô bichô?! tem criança de quatorze anos, vendendo o corpo por aí pra senhores respeitáveis, senhores juízes, senhores deputados, senhores senadores. tem pai tacando filho pela janelinha do trem em movimento...

o que esperavam de uma adolescete que sobe ao palco com um violão embaixo do braço, canta e encanta uma platéia habituada ao like a rolling stone way of life? que ela perdesse tempo tentando convencer um garoto babaca de 16 anos de que a vida é mais interessante que a bunda da gostosa do big brother?

bah...dá um tempo negada, pra uma menina como ela, um tonto de 16 não basta, e me baseando pela maioria dos imbecis que eu conheço, nem os de 26 valeriam uma polêmica. já que é pra causar, que seja em grande estilo...entre macacos, bufalos, urubus, dromedários e toda a safra de um zoológico bizonho, certíssima tá a mallu, que optou pelo [charmoso] camelo.

essa é das minhas.

e tenho dito!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

.3000 pés.

mancin

d °_° b black, pearl jam

a tarde seguia quente, bonita. ainda mais bonita ali, bem no meio daquele pequeno jardim, que outrora fora o refúgio daqueles dois estranhos.

encontraram-se por acaso, ali, naquela tarde quente. conversaram. falaram de amenidades do cotidiano, cinema, trabalho, música, trânsito, tempo...falaram da vida. da vida de um, da vida do outro, da vida dos dois...

beijaram-se por acaso...

o jardim, em festa iluminou-se com o sol belo daquela tarde dourada. o chão tremeu, nem sentiram, estavam voando.

em meio a sussurros vagaram pelo passado, sonharam com o futuro.

um vento fresco cobriu o jardim, prenúncio da chuva, que viria testemunhar o espetáculo proporcionado por aqueles dois corpos desnudos, envoltos apenas num manto de desejo.

amaram-se por acaso, bem ali, no centro daquele jardim. cederam aos encantos daquela tarde quente, banharam-se na água da chuva, rolaram na grama, na lama...

devoraram-se...

lambuzaram-se...

embalaram-se...

e dormiram-se...assim, um no corpo do outro e sonharam-se, um na vida do outro.

a lua indiscreta cobriu o céu, fez-se noite no jardim.

despertaram-se...

desconheceram-se...

e por fim, quase que por acaso, separaram-se, ali, bem no meio do antigo jardim dos segredos de outrora.

Site Meter