segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

.mas é carnaval.

batucada1

ju mancin

d °_° b confete, marchinha de carnaval

sinto a batucada se aproximar.

na regressiva pra volta ao jardim!

feliz! feliz!

bóra lá vê a cor que a vida tem em fevereiro, o mês vermelho!

Confete
Pedacinho colorido de saudade
Ai, ai, ai, ai,
Ao te ver na fantasia que usei
Confete
Confesso que chorei
Chorei porque lembrei
Do carnaval que passou
Daquela Colombina que comigo brincou
Ai, ai, confete
Confesso o amor que se acabou

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

De encontros e desencontros

Lu Minami

Ouvindo: A gente esquece
(Paulinho da Viola)


É ali, naquela mesa. 


Onde pousa o sossego da noite frenética da cidade. Longe do vai e vem descontrolado de carros, de esperanças, de cinturas que se chocam umas com as outras. [os desastres iminentes]


Um pouco de silêncio. O breque. A pausa. 

E a voz tecida em fios finos e longos, acordes perfeitos que me acodem, me acordam de um sono permanente. [sonho lúcido]


O copo sem descanso sobe e desce, despejando ilusões tão lindas que dá vontade de morrer por elas. Morro um pouco a cada gole e vou aos poucos me libertando de cordas invisíveis perdendo o pouco de razão e recuperando o restinho de ternura que ainda insiste em habitar a pouca [muita, imensa] alma que tenho. 


Ombros encontram os meus. Pescoços me beijam e eu transpiro. Longa, longe, profundamente. Morrendo um pouco mais a cada gole de ar, a cada gole de cachaça que adentra meu querer-tudo-de-uma-vez. 


E no barulho ritmado do surdo e no grito de misericórdia da cuíca me encontro novamente num silêncio completo, onde minha tristeza resolveu calar e avassalar cada segundo de agonia que dormia profundamente em mim. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

.a hora da estrela.

ju mancin

d °_° b heroin, velvet underground

“Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.”

porque eu, assim como a estrela, gosto particularmente dessas coisas inacabas e malfeitas.

e amo o feio quando é belo;

e o fraco, quando, assim, desprevenidamente, fica forte.

amo a estrada que nos une;

a distância que nos parte.

a lua, essa mesma que te ilumina, que te projeta em mim.

e a chuva que passa daqui e carrega meu sonho, aí, pra junto de ti, que dorme, [talvez em paz], enquanto minhas noites se fecham em sombras e medos.

e amo os dias mais longos, de sol na janela.

e as tardes preguiçosas que me deitam na grama ou em preguiçosas redes;

a brisa que varre a poeira que brinca em meus pés…

e amo essas coisas que vão passando, feito o trem, que apita jogando fumaça, levando tristeza, saudade, cachaça.

gosto mesmo é do gasto, do gosto e do gozo das coisas lindas, não-findas…inacabadas!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

.vida velha.

ju mancin

d °_* b You really got me, THE KINKS

ainda hoje, me pego olhando pra trás, pro passado recente. ainda me sinto um tanto ameaçada com tamanho silêncio e me vejo parte de uma história que não é minha, que não tem nada de mim. ainda sinto medo quando meus olhos se voltam por cima dos meus ombros. [dois olhos de mercúrio iluminam meus passos a me espionar]. mas insisto, respiro e tento aos poucos, uma resposta pra essa minha confusão. onde foi que eu me perdi? voltas e voltas dentro de mim, e nada. um imenso nada asfixiante. me perco um pouco, nas sensações estranhas que me acometeram dias atrás, deixo tudo fluir e vir à tona novamente, preciso entender o que de tão forte me tornou tão ruim. uma enxurrada de sentimentos. breu.

quantas mentiras constituem uma verdade?

aos poucos meus pensamentos se alinham. retomo as rédeas de mim. volto aos trilhos e sinto, que tudo não passou de um sonho ruim. pensamentos bons... [pensamentos bons te fazem voar.]

na tela, as letras éfe.i.ême encerram a sessão.

quanta besteira à troco de quê? NADA.

aquilo que me arrancou de mim, me tirou do eixo, hoje não passa de uma brincadeira de fim de tarde, um esconde-esconde às escuras com sonic youth de trilha sonora. o saldo negativo: uma imensa falta de expressão, apatia e desarranjo... do lado bonito da coisa, lindas lembranças, péssimos exemplos mas ótimas influências, cores brilhantes que tingem imensos túneis coloridos, e no fim, sempre no fim, reluzentes estrelas rasgando o horizonte.

naturalmente sorrio. meu reencontro comigo me guarda um tanto mais de minha pouca loucura, da minha muita bobagem. a velha estrada de volta pro oeste [sempre pro oeste!], o velho acostamento, o velho blues e a velha vitrola, mais um uísque com o velho Bull Lee, naquele velho balcão, as velhas rimas e minha velha confusão.

estou de volta, velha vida!!!!

meu coração não se cansa de ter esperança

de um dia ser tudo

o que quer

meu coração vagabundo quer guardar o mundo

em mim

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