sexta-feira, 28 de agosto de 2009

.velório do amor louco.

c.

- Morreu?

- Acho que sim, finalmente.

- Vamos enterrar!

- Mas, parece que ainda está respirando com alguma dificuldade…

- Então vamos enterrar logo!

- VocÊ está chorando?

- Não, claro que não!

- Olha, parece que se mexeu!

- Deve ser os últimos reflexos.

- Talvez possa ressucitar, quem sabe?!

- Melhor enterrar logo, daqui a pouco vai começar a feder.

- Tá, você tem razão.

- Agora é você quem parece estar chorando!

- Não! Bem… sim, talvez tenha ca-caído um cisco…

- Voce sabe rezar?

- Não.

- Você ouviu? Parece que ele quis dizer alguma coisa…

- Ele quem?

- Ele, oras…

- Cê tá louco! morto não fala!

- Ainda não morreu…

- Mas, já tá nas últimas.

- Não temos o direito de matá-lo assim…

- É, talvez…

- Vamos esperar…

- Será que vai demorar?

- Não sei, parece que ele não quer ir…

- Melhor esperar.

-O que fazemos enquanto isso?

-Me dá um beijo?!

- Melhor não…

- Por que, porra?

- Sei lá…

- Então vamos enterrar de uma vez.

-Tá bem!

- Eu cavo uma cova bem funda.

- E eu jogo bastante terra.

-Pronto!

- Terminamos!

- Enfim, adeus…

- Adeus!

- Nos vemos na missa de sétimo dia?

- Pode ser…

terça-feira, 25 de agosto de 2009

.se eu fosse a Irene.

ju mancin

d °_° b sob medida, chico buarque

“…sou bandida

sou solta na vida

e sob medida pros carinhos teus

meu amigo, se ajeite comigo

e de graças a deus…”

naquele dia eu acordei ca macaca. dei de louca. arrombei a porta. chutei o baldinho, coitado!, que atravessou o campo e deu na trave… chorei, gritei, esperneei e finalmente joguei tudo pro alto e joguei na sua cara aquele monte de verdades que bem poderiam ser mentiras. deveriam ser… e nada disso teria acabado assim. me lembro ainda, da sua cara besta não entendendo enquanto eu histérica berrava “a culpa é sua! não te amo mais e o problema é seu…” foi assim, como se um monstro emergisse do meu eu abissal. taquei pedra na cruz e merda no seu ventilador. fiz uma sujeira danada. voou lasca de cu pra todo lado…

e quando nem bem me dei conta, te amei perdidamente, numa noite ou madugada e meia. me perdi, te consumi, me lambuzei no teu fogo e me queimei no teu mel… ao meio-dia sob um céu de meia-noite saí, sorrateira e sorridente fumando um cigarro e pensando em nuvens de algodão, polainas vermelhas, whisky com muito gelo e nenhum dedo d’água e na foto polaroid que eu deixei pregada na sua porta, com meu último sorriso rindo da sua solidão.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

.Mike Patton à casa torna!.

faith-no-more 

ju mancin

d °_° b land of sunshine, FNM

“RODDYBOTTUM: ohmygod, Brazilians, you fervent motherfuckers!! Enough!! Do you think for a second we'd skip you and your glorious country?9:25 AM Jul 30th from TwitterFon

“RODDYBOTTUM: Finally! BRAZIL!!! The Maquinaria Festival, November 7 in Sao Paulo welcomes FNM!!! tickets on sale Aug 14 at www.ingressorapido.com.br1:14 PM Aug 11th from web”

confirmadíssimo Faith No More no Brasil. 07 de novembro no Maquinária Festival na Chacara do Jockey em São Paulo.

meu ingresso já tá na mão. agora é sentar na plataforma da estação e esperar, como se faz com um velho amigo que vem de longe, trazendo good vibes na bagagem, rezar pra que os organizadores, dessa vez, tenham o mínimo de decência e ORGANIZEM de fato e ir treinando em casa a elaboração das bolotas de barro, pra fazer verdadeiros teleguiados a serem lançados na área VIP…rs [brincadeirinha, area VIP… não me olhe assim… caim caim caim…]

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

.na hora do adeus.

Sunflowers

ju mancin

d °_° b versos perdidos, zeca baleiro

um dia há de acontecer. vou responder a esse seu adeus xôxo e melancólico com minha saída triunfal, em silêncio e, do jeitinho que você me ensinou, sem olhar pra trás. partirei sem lágrima, sem drama… nem cebola, nem morangos, levando uma mala cheia de lacunas que não foram por nós preenchidas…

e na parede nenhum quadro a colorir, só a mancha do tempo, daquele velho van gogh amarelo que compramos num sábado ensolarado numa feira de antiguidades fakes bem aqui no meio da maior cidade da américa do sul. vitrola calada, estante vazia, luz apagada, cortinas abertas e a janela fechada guardando o cheiro da resposta pra nossa velha pergunta. viramos bolor! morremos de dor! nem saudade hei de deixar…

um dia há de acontecer…

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