quinta-feira, 31 de março de 2011

.shiva.

ju mancin

d°_°b perfect day, lou reed.

só por hoje, eu gostaria de brincar de destruir coisas. quebrar vidros. atear fogo em algumas casas. jogar lama em obras de arte, para depois ter o prazer de de limpar com tiner, desmanchar as linhas mal definidas de uma obra impressionista. cortar os cabos que conectam as tomadas. desligar a energia. deixar no escuro toda a mentira que brilha às três da tarde. arremessar pedregulhos nestas pequenas vitrines humanas e fazer sangrar a verdade que cada um esconde no peito. só por hoje, eu queria dar voz aos demônios que, reprimidos, se encolhem num canto fechado deste peito amargurado e triste. e exorcizar, essa pequena falange de fantasmas, tão leais aos meus dias de silêncio.

queria berrar frases sem sentido, apenas pelo prazer de jogar minha ira ao vento e deixar correr todas as lágrimas que dissimulo em sorrisos tolos. queimar todos os livros de poesia. arranhar os discos e quebrar a vitrola.

destruir para recomeçar.

era só o que eu queria…

quarta-feira, 2 de março de 2011

.à.sós.

ju mancin

d *_* b cadê a razão?, paulinho da viola

“como pode um coração

bater assim nesse compasso?”

a vida vai seguindo, dura, a passos lentos, silenciosa por trás de um barulho ensurdecedor. todas as máquinas estão em movimento, todos os homens amando [& odiando], tem sangue correndo em veias e guias, água escorrendo pelos poros [e pelos bueiros], a cidade parada, observa um mundo que gira em movimentos frenéticos e pouco ritmados. alta frequência. CUIDADO! um tropeço e o chão, outrora poético, deixa de ser macio, não mais estrelas num céu iluminado. noites sem sono, sem festa, sem dono. noites escuras, apenas, noites.

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