quinta-feira, 30 de setembro de 2010

.33.

jú mancin

d °_° b touch me, the doors

como começar um post depois de perder a mão de escrever, a inspiração e a linha?

esse deveria ser um post falando de mim, ou para mim, tentando explicar a mim mesma de onde brota tanta ausência. eu poderia começar dizendo que sou isso ou aquilo… e falar das coisas que não quero ser, poderia dizer que vejo o mundo com os olhos de um poeta e ouço, atentamente, a cada um dos sussurros que me sopram aos ouvidos… e dizer que sinto na carne o pensamento dos que me cercam.

se eu fosse séria, diria também das coisas que não admito: olhar nos olhos e não enxergar a alma, vida vivida pela metade, sangue morno e caretice. poderia falar que entre as coisas que não quero ser, a que mais me assusta, é escrava da moral e dos bons costumes, não por rebeldia, mas pelo simples fato de estar em luta comigo mesma, para tornar-me quem eu sou e dar vida ao meu mundo, que se agita com força atrás destes desta cortina que vos escreve, um mundo livre, que permite toda e qualquer loucura, desde que salvem-se todos entre os mortos e feridos.

mas eu não sou séria e algo me diz que nas próximas cinco linhas vou perder o raciocínio que me trouxe até o moleskine…

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perdi o foco, mas isso já não me assusta mais, sofro de TDAH [transtorno do déficit de atenção e hiperatividade]. hiperatividade cerebral é veneno pro meu corpo mole. eu penso, penso e penso, logo desisto e não saio da inércia. uma pena pra mim e tremenda sorte pra vocês, que nunca saberão da capacidade que uma mente atormentada por 33 anos de puro ócio, tem para pensar bobagens, sacanagens, maldades, safadezas e afins.

o fato é que precisava encontrar um meio de começar a falar. estou atolada na vida, bem aqui, do alto dos meus mal dormidos 33, e precisava respirar…

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ternura e Tempo

Lu Minami


Ouvindo: Último Romance (Los Hermanos)


É só com você que minha inspiração volta. Brota devagar, num sorriso estranho que não quer aparecer, mas faz crescer o brilho nos olhos. Ouvir sua voz e sua risada me fazem querer escrever, cantar e dançar. Clichê? E apesar do tempo ter corrido e das nossas primeiras rugas terem aparecido e da vida que seguiu seu rumo sem pausa para os olhos e para o coração; apesar de tudo isso, eu ainda sinto o tempo se acertar quando conversamos destemida e profundamente. Depois de tanto, a minha serenidade. Depois de tudo, a sua sinceridade. Se o amor é assim, eu já o conheço em você. Ouço o que convém, digo e calo o que incomoda, vejo só o que meu peito permite e meu corpo sente só o que emociona. Com você por perto, os objetos pelos quais sou obcecada se aquietam e vão embora, sabendo que perderam a batalha. Com você, eu entendo o tempo e a calma. Sem espera e sem descontrole. Só isso tudo que preenche minhas lacunas que ninguém conseguiu chegar perto o suficiente para transbordar. É seu, propriedade privada que leva seu nome e meu amor. Um presente meu que te devolvo, que você me deu tanto tempo atrás. 

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