ju mancin
d °_* b You really got me, THE KINKS
ainda hoje, me pego olhando pra trás, pro passado recente. ainda me sinto um tanto ameaçada com tamanho silêncio e me vejo parte de uma história que não é minha, que não tem nada de mim. ainda sinto medo quando meus olhos se voltam por cima dos meus ombros. [dois olhos de mercúrio iluminam meus passos a me espionar]. mas insisto, respiro e tento aos poucos, uma resposta pra essa minha confusão. onde foi que eu me perdi? voltas e voltas dentro de mim, e nada. um imenso nada asfixiante. me perco um pouco, nas sensações estranhas que me acometeram dias atrás, deixo tudo fluir e vir à tona novamente, preciso entender o que de tão forte me tornou tão ruim. uma enxurrada de sentimentos. breu.
quantas mentiras constituem uma verdade?
aos poucos meus pensamentos se alinham. retomo as rédeas de mim. volto aos trilhos e sinto, que tudo não passou de um sonho ruim. pensamentos bons... [pensamentos bons te fazem voar.]
na tela, as letras éfe.i.ême encerram a sessão.
quanta besteira à troco de quê? NADA.
aquilo que me arrancou de mim, me tirou do eixo, hoje não passa de uma brincadeira de fim de tarde, um esconde-esconde às escuras com sonic youth de trilha sonora. o saldo negativo: uma imensa falta de expressão, apatia e desarranjo... do lado bonito da coisa, lindas lembranças, péssimos exemplos mas ótimas influências, cores brilhantes que tingem imensos túneis coloridos, e no fim, sempre no fim, reluzentes estrelas rasgando o horizonte.
naturalmente sorrio. meu reencontro comigo me guarda um tanto mais de minha pouca loucura, da minha muita bobagem. a velha estrada de volta pro oeste [sempre pro oeste!], o velho acostamento, o velho blues e a velha vitrola, mais um uísque com o velho Bull Lee, naquele velho balcão, as velhas rimas e minha velha confusão.
estou de volta, velha vida!!!!
meu coração não se cansa de ter esperança
de um dia ser tudo
o que quer
meu coração vagabundo quer guardar o mundo
em mim