segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

e quem um dia irá dizer...

Jú Mancin

d °_* b heavy metal do senhor, zeca baleiro

...ai moreno, viver é bom, esquece as penas vem morar comigo em Babylon...

Ela era um canalha. Ele, uma moça.
Ela cheia de boas intenções, tal e qual o inferno se vê cheio.
Ele não pensava nessas coisas, da vida, sabia que viver é preciso, mas tinha medo.

Ambos sabiam que o mundo é grande e ambos ignoravam que corredores são estreitos.
Os dois ali, dentro daquele minúsculo pedaço do mundo grande, nem desconfiavam da existência do acaso, que logo que entrou em cena já mostrou a que veio.

Ela, o canalha, caminhava devagar, sorrindo pro mundo, mascando chicletes e cantarolando um Stones qualquer. Ele, moça séria de família, caminhava seriamente, não sorria pra ninguém, tampouco mascava chicletes, tinha medo das cáries. Ele, também não cantarolava nada porque não gostava de música. Ele pensava, andava sério, preocupado com contas, era aspirante a administrador de empresas. Ela, haha, tava ali por acaso, estudava PU-BLI-CI-DA-DE, profissão descolada, cheia de gente bacana, cheia de gente disposta a comprar sua alma à prazo e repassá-la ao diabo, sem te avisar, é claro. Uma profissão de canalhas.

...e a lá ia a vida, cada um com seu cada qual...

Um dia, ela sorriu pra ele, ele rosnou pra ela. Pronto. Deu-se a desgraça.

Ele perdeu o sono por conta daqueles lábios e ela deixou de comer por aqueles dentes.
Ela começou a pensar em contas e ele em música. Ele perdeu o medo, ela ganhou vergonha na cara. De um sorriso pra uma flor foi questão de uns dias, da flor o encanto e a paixão e o amor [uma flor roxa que brota no coração dos ‘troxa’].

Tudo ficou confuso, ele era ela e ela era ele e os dois eram um, ela bebe e ele vomita, ele mente e ela acredita, ela canta e ele dança, eles se viraram no avesso, [às vezes parece até, que a gente deu um nó], ele chia, ela mia, ele mia, ela rosna...

Hoje, eles vivem em Babylon, ela alive like a rolling stone, de bar em bar até o sol raiar, faz samba e amor até mais tarde e volta exausta, pro colo do moça séria de família. E ele...bem, ele vai pra casa, dorme cedo, e dorme com medo, e tranca a porta, só pelo prazer de ouvi-la cantando no final...[joga a chave meu bem, que aqui fora tá ruim demais].

E quem um dia irá dizer que não existe razão?

6 comentários:

Lu M. disse...

LINDO!!!!

Biografia de muitas de nós.

=)

Maycon Marques disse...

Sem graça..

nem é assim não ô

=D

Anônimo disse...

Ju, muito bom, mas o final é excelente.

Anônimo disse...

Eita... eu já vi isso em algum lugar.

Anônimo disse...

Mas e se ele seguir como ela... ela guenta o tranco?
:-)

Anônimo disse...

ela aguenta!

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