segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Terapia dispensada

Lu Minami

Ouvindo: Yellow Ledbetter, Pearl Jam

Tenho um pouco de pavor de me afastar de você. Mas é tão necessário que você mesmo acaba fazendo com que eu vá embora e fique morrendo de medo de olhar para trás. Você faz de um jeito que meu coração, mesmo transbordado do seu sorriso, me convença de que você não é algo seguro e que talvez nunca consiga sê-lo. E eu fico assim, querendo pular da varanda do seu prédio, para ver se consigo voar de novo como antes. Mas não consigo. Nem me arriscar, nem pular e nem cair de novo em você.

Aí vou embora pela cidade de neón e pego uma estrada para um universo de sonho. Fujo da minha realidade e busco outras dimensões. Vejo, aos poucos, que a vida pode ter um jeitinho de dar certo e que deve ser simples como uma tarde preguiçosa na praia quente, na companhia de quem gosta de mim. Chego à conclusão, à duras penas, de que o mundo é colorido e que dá para brincar de ser feliz sem deixar de ser uma pessoa séria. Finco os pés firmes na areia e olho para o céu azul que vai alaranjando conforme a brisa morna do mar dá um jeito de esticar um sorrisão no meio da minha cara.

Pela alegria de viver e pelo alívio de descobrir que sou capaz de viver sem você. Apesar da dor e de toda a saudade que ainda vão aparecer nos momentos mais atípicos.

Por tudo isso, eu dispenso a terapia tradicional e vou cuidar de mim como cuidaria de você. Nem Jung e muito menos Freud.
Só carinho, paixão e respeito.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vá em frente... que vc consegue. Só vale a pena quando é completo.Gostei de vc e da tua maneira de escrever.
Beijos

Anônimo disse...

Eu que já vivi um grande e maravilhoso amor, que até hoje me acalenta. só posso desejar que consiga.
Beijos mil

Anônimo disse...

Pai e mãe, ouro de mina, coração, desejo e sina, tudo mais pura rotina jaz!!

Risos

Anônimo disse...

ÉÉÉÉÉÉ FIA!

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