sexta-feira, 5 de agosto de 2011

dois. um. dois.

anônimo de mim mesma


ouvindo: qualquer coisa do roy orbinson


Há quanto tempo estamos nessa? Faz tempo, mas nosso jogo é demorado e não faz mal. Me beija? Calma, a gente não faz isso. É que eu bebi duas garrafas de vinho e estou ansiosa, ando com vontade de um abraço mais longo de algumas horas. Eu te abraço, mas fica de roupa, não tira. Só a calça, quero minhas pernas livres, você não gosta? Gosto mais dos seus peitos. Eu tiro a blusa se você tirar sua camiseta I love NY, afinal porque todo mundo ama essa cidade, ninguém se ama lá. Eu sou capaz de amar qualquer um. Você é mesmo, ou finge que é? Tirei a camiseta, posso te abraçar sem blusa? Pode, mas só se durar a noite inteira. A gente pode tentar, vem aqui. Posso te chupar? Não, a gente não faz isso, porra. Mas eu quero o gosto. Calma, senta aqui, não... deita aqui, isso, abre as pernas. Mas eu não vou te chupar e nem você? Você fala demais. Deixa eu pelo menos colocar a mão e olhar para você. Você é uma princesa. Cala a boca, eu não quero ser sua princesa, só se eu puder olhar para você. Não, olhar é errado, isso vai dar merda. O que, olhar? É, olhar provoca um laço. A gente se ama, não é? Sim, eu te amo para sempre. Então qual é o problema de olhar para mim enquanto a gente trepa? Não diz essa palavra, que feio. Trepar, trepar, trepar, eu vim aqui para dar para você. Eu preferia que você tivesse vindo só para se provar. Não, eu vim aqui porque eu quero você dentro de mim finalmente depois de tanto tempo. Eu já moro no seu peito. Não, você mora na minha cabeça, eu te quero para que você passe a ocupar meu peito e minha alma aos poucos. É muita filosofia para quem está pelada. Então me beija. Não, já te disse que isso a gente não faz. Então me come de costas, sei lá, me olha como se eu estivesse prestes a ir embora. Me chupa. Não, eu não quero mais. E por que isso agora? Porque fiquei constrangida. Você é deliciosa. Cala a boca, me deixa em paz e não olha para mim. Meu deus, como você é linda. Não olha, vira para lá, de repente me deu vontade de ir embora mesmo. Fica. Você não gosta que durmam aqui, seu beijo ganhou prêmio de melhor do ano. É, eu não gosto mesmo, mas não quero que você vá, você sempre teve essa tatuagem? Faz uns anos que tenho. Eu nunca tinha visto, mas você me deu uma foto há um ano atrás que fica no meu carro me fazendo companhia, então toda vez que estou dirigindo me lembro de você. Eu lembro de você o tempo todo. Você é muito gostosa, fica e me dá mais um beijo. Por quanto tempo? Mais cinco. Trepadas ou minutos? Vidas. É impossível ficar 5 vidas com alguém. Cadê a camisinha? Você não colocou? Não, espera. Coloca logo e continua conversando comigo. Sobe aqui. Eu subo, mas não me olha, assim dói um pouco. Não quero te machucar. É normal, tenta mais. Não quero que doa, você está com frio? Não, eu tremo quando fico com tesão, você não geme? Hum, não. Eu acho estranho gozar em silêncio. Me abraça e fica. Até quando? Para sempre. É muito tempo, mais quinze? Tá bom. Acabou né? Acho que sim. Eu te amo. É, eu também.

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