Jú Mancin
d °_° b chick habit, april march
"Contou-me ter remorsos, esperanças, o
que não deve me dizer respeito. Fala ele com
Deus? Talvez devesse me dirigir a Deus. Estou
no fundo do abismo e já não sei mais rezar."
Ela não conhecia Rimbaud mas vivia no inferno. Bem sabia o que era estar à mercê da serpente. Sentia raiva. Sozinha na cama pensava "um dia eu te engulo o coração!", e chorava de dor [ele não tem coração]. Longe, morria aos poucos. Jurava vingança. Odiava-o por cada minuto de ausência. Blasfemava. [MALDITO SEJA O AMOR!!!].
Ele, o monstro, voava por aí, cuspindo nos santos, chutando os cachorros, cantando pros gatos. Sempre ia e sempre voltava, sorrindo friamente e ardendo feito fogo. Não fazia promessas e se escondia atrás das cortinas negras [lindos olhos negros]. Sussurava encanto em seus ouvidos e a devorava. Ele sabia parar o tempo.
Ela com ele era melhor. Tudo era. Seu corpo brilhava. Ela era o Sol! Dormia em seus braços como quem deita em cama de seda.
Ele esperava o silêncio e fugia nas sombras...
Ela chorava, sentia e morria.
Ele sorria!
Um dia ela o matou. Comeu seu coração, enterrou seus restos na curva do rio e seguiu adiante pensando "eu vou reinventar o amor!".
E ela nem conhecia Rimbaud...
9 comentários:
Quem reinventou o amor
expica por favor!
Texto forte, encorpado... como uma cerveja de inverno.
Gostei.
praticamente um baden baden red ale! rs
obrigada!
Comentário interessante da Sunset.
Bravo!!!!! Espetacular!!!!
ele não é tudo isso não... ela talvez seja louca... mas é certo que há uma ligação intergaláctica entre essas duas entidades cósmicas.
HOHOHOHOHOHO
Obrigada pela visita lá no Palavras.
Gostei da maneira como você escreve.
Vou voltar !
bjs
Leonor Cordeiro
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