ju mancin
d °_° b lost cause, beck
essa seria mais uma daquelas velhas desculpas pra apaziguar aquela mesma velha necessidade que sinto, de falar com você, de saber de você. eu poderia começar, com o bom e velho rock n´ roll, [minha espada é a guitarra na mão]. poderia começar dizendo "olha! escuta o beck. você vai gostar!" ou então "morphine é morfina pra alma!".
poderia ser um bilhetinho, te agradecendo por sweet jane.
poderia apelar pros astros. júpiter em conjunção com o sol me disseram pra te procurar, pra desejar boa noite! ou pro jung, dizendo que em meus sonhos, aquele copo de gim que me mata a sede enquanto me transporto frenéticamente da sala de casa pra um velho pub irlandês e uma caverna na áfrica, nada mais é, que a vontade que eu sinto de dizer "Hello!" [ou ouvir "Goodbye!"].
e assim, como quem não quer nada, eu poderia aos poucos, desenrolar outro assunto, e mais outro e outro...até que chegasse no que passou [que nunca passou]. e falaria de mim, de você e falaria da gente. da gente [sem fim].
te ligaria, se assim pudesse parecer casual. rs. arriscaria o velho truque do “desculpa! foi engano…” apenas para escutar sua voz, que há tanto tempo me desalinha. juro que ligaria! se não fosse parecer tão bobo de minha parte. não que eu não seja boba, mas diante de ti, não gosto de parecer, você já tem artemanhas demais pra me desarmar, já me vê transparente ou no escuro e de longe, já me vê crua [e nua].
um e-mail. sms. sinal de fumaça. sinalizador colorido. qualquer truque barato, desde que fosse para saber, que por alguns segundos, você parou por mim.
há tanto tempo que eu não pensava em ti, que de repente, tudo me parece encantadoramente novo, exceto pelo fato de você manter seus velhos hábitos. o tênis imundo. a barba na cara. o sorriso nos olhos. a fala mansa e a irritante rotina de me consumir devagar, de me provocar como que por acidente e de aumentar o volume da vitrola no auge da acalorada discussão e abafar minha voz. há tanto tempo, que já não me lembrava mais dos meus velhos hábitos. dos meus tênis sujos. a bicicleta com fitilhos coloridos. minha velha mania de roubar seu último gole de conhaque ou de citar rimbaud pra te convencer que ele era fã de baudelaire. nossa velha rinha no futebol. meus discos e livros. teus filmes…
eu poderia tentar de várias formas, mas já sei que fosse o que fosse, viraria fumaça antes que você recebesse, então veja bem, paremos por aqui e ficamos combinados, se eu não te ligar, você não me telefona!, mas mesmo que eu não te escreva, por deus, de alguma forma, me dê notícias de você.
12 comentários:
me senti assustadoramente vazia depois de ler isso...
eu não tenho um amor pra amar...
O melhor num relacionamento é a capacidade que temos de nos separarmos e casarmos novamente com a mesma pessoa.
Esse texto trás diversas referências a músicas e bandas, a poetas como Rimbaud que ainda não o conheço completamente mas sei sobre a ligação de Morrison com ele.
Muito bom, acho que ia comentar mais alguma coisa sobre esse texto mas me perdi em meus pensamentos.
Ah, acho que era sobre gim, não aprecio, é muito forte pra mim rsrs
Beijos Jú
não se afobe não, pq nada é pra já!
dorme que o amor logo vem!
dani,
cuidado com o rimbaud, depois dele o mundo perde o sentido...rs
Nossa...eita leitura de alma!
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disse tudo que já pensei.
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Mas agregaria aí alguns tais Schopenhauer, Nietzsche e o Garfield.
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Luz minha flor.
hum... relacionamento regado a conhaque e rimbaud? que pena ter acabado...
me deu um aperto no coração seu texto. acho que foi o mais bonito que eu já vi aqui.
Obrigada, Arlequina! e obrigada, Teresina! :-D
que bonito, ju.
Desafinado.
Oi menina!
Estou sorteando 5 trabalhos meus. Da uma olhada lá no meu blog
Bjs
Ai ai....
Aaaaaaaaiiii que dor, Tchuca. rs...
Entendo perfeitamente o que vc disse.
ou seja, não caga mas tb não quer sair da moita, ahahha.
mas adoro a forma como vc escreve, é encantadora!
beijooo
a moita é que não me larga! rs
Gostei muito de seu texto.. Parabéns!
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