ju mancin
d °_° b heroin, velvet underground
“Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.”
porque eu, assim como a estrela, gosto particularmente dessas coisas inacabas e malfeitas.
e amo o feio quando é belo;
e o fraco, quando, assim, desprevenidamente, fica forte.
amo a estrada que nos une;
a distância que nos parte.
a lua, essa mesma que te ilumina, que te projeta em mim.
e a chuva que passa daqui e carrega meu sonho, aí, pra junto de ti, que dorme, [talvez em paz], enquanto minhas noites se fecham em sombras e medos.
e amo os dias mais longos, de sol na janela.
e as tardes preguiçosas que me deitam na grama ou em preguiçosas redes;
a brisa que varre a poeira que brinca em meus pés…
e amo essas coisas que vão passando, feito o trem, que apita jogando fumaça, levando tristeza, saudade, cachaça.
gosto mesmo é do gasto, do gosto e do gozo das coisas lindas, não-findas…inacabadas!
7 comentários:
Não tem graça levar uma vida toda acabada, completa, com todos os assuntos bem resolvidos.
O gasto, o gosto e o gozo. O gesto, o grito, a gana.
É o que vale.
beijo. amei.
Lu Minami
amei tbm
que graça teria se tudo na vida seguisse regra tão besta como aquela de "começo, meio e fim"
como se tudo pudesse ser friamente calculado
esquecem do recomeço, do inacabo, do que se perde no meio do caminho
tu anda inspirada, hein
beijos
Mais um minuto e tudo o que sonhou vai ser verdade
Não há no mundo quem não entenda a sua felicidade
Que possa dizer com certeza
Que o lugar é seu
Que é de quem nasceu pra brilhar
A começar pelo Velvet que nos serve de inspiração até hoje, e depois pela música em si, animal!
Agora... o que faríamos da vida se todas as conclusões estivessem feitas? Nada!
Toda esta obra inacabada é feita para se viver, e com intensidade, pois amanhã já pode ter realmente acabado!
Ah, te add, viu!
Beijo.
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(...)Eu não sei medir, nem tempo e nem medo(...)Tudo isso aí..eu Amo!
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e de tudo um muito!.
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E viva O Pessoa.
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