segunda-feira, 25 de agosto de 2008

cartas

jú mancin

d °_° b cordas de aço, cartola

 

é uma espécie de corrente invisível.

vem da lá e vai daqui.

e não pára nunca, acontece o tempo todo.

eu recebo um idéia e passo à frente,

já maculada pelos meus dedos.

o fato é que preciso dizer.

dizer coisas...

preciso eliminar...

[palavras ao vento]

cartas se queimam

[palavras ao fogo]

eu não sei de onde vem o mal

que me acomete noite e dia

e me pune em silêncio

só o sinto aqui,

e ali e acolá.

quase sempre uma paixão

ardente, em brasa,

sem fim e efêmera.

são tantas coisas à dizer

cada verso um novo ai

cada canto um velho drama

não sou boa com palavras

e ando confusa demais nesses dias

o sentido não faz sentido

meu vazio tomou conta de mim

só sobrou aquilo que eu tentei

em vão esconder

todas as minhas tolas mentiras

toda aquela forma de negar o que eu sentia

e de negar o que eu sabia

não sobrou nada de mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

o amor é um Kão dos diabos

Um devaneio disse...

Tem dias que nos sentimos como se nos partimos..ao meio..e no meio..ficando sem eixo...com o peito inflado de dor e amor!...mas eis que a lua só some por 7 dias e as sensações duram o tempo que quisermos e for necessário!...

retenha-nos!
muita paz e energia.

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