segunda-feira, 18 de agosto de 2008

.assim é que é.

jú mancin

d °_° b bebendo vinho, wander wildner [adoro essa sua voz rouca]

eu sei, eu sei o quanto é difícil isso tudo.

difícil olhar pra trás e ver os trapos espalhados pelo caminho.

a gente vai seguindo em frente, sem notar o que vai deixando,

e de repente, se dá conta de estar pela metade,

e pior,

a gente percebe que deixar as coisas espalhadas por aí, não alivia o peso...

a gente se senta na beira da estrada, e tenta olhar pro céu...

tenta espairecer, como diria minha avó...

aí a gente chora e grita e esperneia...

e adormece, ali, com cara de idiota, na beira do caminho...

a gente pára pra ganhar folêgo e tentar continuar

e tentar esquecer...

depois de um tempo de melodrama,

a gente saca o espelhinho guardado na bolsa,

a gente se olha, a gente pensa

"pra palhaço só falta o nariz!"

aí a gente lembra do nosso humor, é afidado,

a gente ri das próprias besteiras, e tenta levantar...

aí a gente liga pra amiga, com voz chorona e pede colo,

e ganha colo e chocolate, e ganha moral, e se sente forte.

aí a gente levanta e segue em frente,

e vai andando, vai seguindo.

como se nada tivesse acontecido, acontecendo.

a gente tenta sorrir de novo,

e consegue e pensa,

quanta bobagem, quanta bagagem!

a gente joga tudo pra cabeça e finge que não dá nada...

a gente se manda...

fica tudo colorido de novo,

a gente vai virando latas e mais latas,

a gente procura sarna pra se coçar e se coça,

e sente tudo de novo, e fica feliz,

e sai voando e vai pra lua, vai pra júpiter,

a gente acha que desvendou os segredos do universo,

a gente acha que encontrou um novo universo.

e passa o tempo, e tudo volta

pra mesma merda de sempre.

[não existem novos universos],

o príncipe vira sapo, vira chato.

a gente cai na mesmice. se sente boba. [e feia e chata].

e merda!

a gente olha pra trás de novo,

e vê de novo aquelas mesmas coisas

espalhadas pelo caminho,

aí sim,

a gente percebe que cagou de novo.

e aí volta tudo outra vez.

a gente, sente, senta, chora, esperneia, sapateia, enlouquece

se sente idiota, ri querendo chorar,

liga pra amiga, se levanta, segue em frente e blá blá blá...

...essa coisa não tem fim...

e aí

a gente escreve um livro e conta pra todo mundo

o que todo mundo já sabe.

5 comentários:

Lu M. disse...

ai ai...
vida louca do caralho.
a vida dá voltas em si mesma... é o meu consolo.

beijo, obrigada

Anônimo disse...

meu consolo é o copo sujo! o balcão do bar! a vitrola! mais um cigarro! meu all star surrado e o bukowski!

amo-te, japa!
de nada!!!

rul disse...

"O Bukowski não gosta de sua mulher, ele sai girando por todo canto da cidade. Escreve suas biografias pra não ter só uma vida"

Esse plágio eu disse numa música minha uma certa vez.
Mas da vida o que eu perco é minha vergonha!

www.ruzito.blogspot.com

Anônimo disse...

"...let it wash away, all those yesterdays..."
E só pra variar "all those yesterdays" de cú também é rola!!!rsrsrsrsrs

Anônimo disse...

essa louKura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo. amém!

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