Jú Mancin
d °_° b saRdade da minha terra, tonico e tinoco
ai, moda de viola em noite de lua cheia me lembra a roça, dá uma vontade de voltá.
me largá numa rede na varanda e vadiá sem pressa nenhuma.
"que saRdade imensa, do campo e do mato, do manso regato que corta as campinas"
ai, são duas da manhã e eu, urbanóide que sou, divagando sobre uma lua, uma rede e uma varanda...
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
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