Café e Cigarros na Terra do Nunca

Lu Minami

Ouvindo: O Plágio.

Sei... na verdade, eu sempre sei. Acontece que existem algumas escolhas que são feitas, mesmo que a gente saiba todos os prós e contras, mesmo que hajam argumentos deveras racionais e conclusões deveras concisas. E quando há o passo inicial, não importa o tempo que leve, está decidido.

Portanto, eu vou ficar com você. Vou fazer tudo aquilo que prometi que faria um dia, ébria e descontrolada. Todo mundo pede uma cura para um determinado mal. Amor, eu estou aceitando a doença, que pode consumir e devorar todas as minhas células transbordadas e que carregam um pouco da sua estupidez. Estarei à sua espera, com hora marcada, para te dar tudo que recusei oferecer nos últimos anos. Não interessa por quanto tempo. Um dia acaba. Como tudo nessa vida. E quando terminar, duas letras: OK

E deixe de molezas, deixe de fricotes e largue essa covardia, esse senso de auto-proteção e pseudo corretismo porque você definitivamente não me engana mais. Eu vou te amar, prometo. Mas vai ser do meu jeito, sem novela ou romace. Sem esses diálogos, sem toda essa masturbação verbal que só faz consumir os mais refinados vocábulos que cada um de nós possui.

Você recusou e eu não vou parar. Até que o tenha novamente dentro de mim, esperneando e pedindo por favor que eu vá embora. Foda-se. Aguente. Coragem! Fique e seja homem, ao menos uma vez na sua vida.

Você não é uma esperança. Você é a última coisa que vou odiar.