Lu Minami
Ouvindo: Basta um Dia, Chico Buarque
Depois do filme com o lindão do Ashton Kuthcher todo mundo quis saber mais sobre o tal efeito borboleta, a complexa Teoria do Caos. Eu li, pesquisei, devorei centenas de exemplos e descobri, dentro da minha visão limitada, que para entender a teoria desse caos é só dizer "E se", igual àquela música chatíssima do Djavan.
> E se eu não tivesse feito faculdade de Publicidade?
(Eu provavelmente teria feito música ou literatura. Mas seria muito mais chata do que sou hoje).
> E se eu não tivesse sido atropelada aos 14 anos?
(Eu provavelmente seria atleta hoje, com menos celulite, menos cafeína e nicotina no meu sangue. Mas teria endorfina demais no meu organismo para me fazer entender que a boemia é uma belíssima companheira.)
> E se eu tivesse dado pela primeira vez aquele dia, com 17 anos?
(Talvez eu fosse mais desencanada com relação à tudo nessa vida. Mas também não daria tanto valor ao sexo como dou hoje.)
> E se eu não fosse publicitária, eu teria conhecido-o mesmo assim?
(Não existe lado ruim em tê-lo conhecido. Simples assim.)
> E se eu não gostasse tanto de assuntos infudamentados?
(Eu não seria tão amiga de tantas pessoas maravilhosas que me cercam hoje.)
> E se eu fosse menos preguiçosa?
(Eu teria o mundo aos meus pés. Mas, eu realmente não preciso e nem quero isso.)
Sabem aqueles esquemas de perguntas, com resposta SIM ou NÃO e, dependendo da sua resposta, o esquema e as perguntas se enveredam por outro caminho? Deve ser assim, um emaranhado de perguntas, respostas espontâneas, questões suspensas, negativas abortadas, afirmativas esquecidas. No fim das contas, a curto ou a longo prazo, o resultado deve ser o mesmo.
Se eu não te encontrar hoje na farmácia, porque meu carro quebrou, te encontro daqui 6 anos, 2 meses e 19 dias e vamos nos conhecer mesmo assim. Daí teremos aquela sensação familiar de que nos conhecemos há anos. E isso não quer dizer que você deveria ter me conhecido 6 anos
atrás. Não, nós compensamos as nossas vidas de outros jeitos, com outras respostas e caminhos. Mas acabamos nos conhecendo mesmo assim.
atrás. Não, nós compensamos as nossas vidas de outros jeitos, com outras respostas e caminhos. Mas acabamos nos conhecendo mesmo assim.
A vida joga na minha cara as coisas de um jeito engraçado e caótico, que ninguém pode teorizar. Eu prefiro levar minha vida devagar, desse jeito despregado do chão que eu tenho, em meio ao caos que é minha vida.
Um comentário:
Nossa meu, se não tivéssemos nos conhecido nós teríamos nos conhecido...hahaha...
Estudamos no mesmo Colégio, moramos na mesma cidade, gostamos das mesmas coisas, e melhor que tudo isso, sem que nenhuma de nós esperassemos, fomos cair no Parque Espacial, entre os mesmos e melhores amigos...
Beijos Jú e Alice...
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