segunda-feira, 30 de maio de 2005

Cada uma viu?!

Jú Mancin

Ouvindo Hear that sound, INXS

Depois eu digo que meus amigos são figurinhas peculiares, e as pessoas não entendem. Vamos às boas que ouvi no fim de semana...

Amigo sem noção 1: - Olha só cara, descolei uma cartela de Boa noite Cinderela! Vamo fazê uma balada?
Amigo sem noção 2: - Vixi, claaaaaaaaaaaaro. Vou descolar umas "gatas" pra gente.

E assim o fez o amigo número dois, descolou as gatas e providenciou duas garrafas com o mesmo néctar, só que uma delas envenenada.

Já no carro, mal podendo conter a excitação, fez uma curva meio confusa, e lá se misturaram as garrafas, ninguém mais sabia o que era batida e o que era coquetel de mal-gosto, mas, como bons brasileiros que são, e não desistem nunca, resolveram arriscar, sortearam uma das garrfas para as "gatas" e ficaram com a segunda para eles. E por aí foram noite afora.

Bom, já dá para imaginar no que deu né. Garotos nanando e garotas se esbaldando, às custas da bebida alheia...Hahaha...imagina a impressão que os meninos causaram!

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Ah minha querida Lú, você nem imagina o quanto eu gostaria de ter estado com vocês no "meu" jardim secreto. Eu tô precisando me encontrar, ando mais perdida que cego em tiroteio.
O que eu não daria para ter visto a bela paineira nesse fim de semana? A lua sorridente, o céu estrelado, o cheiro da dama-da-noite, a estrada deliciosamente assombrosa, os Ipês amarelos do Jardim da Igreja, a Igreja. As intermináveis horas de ócio criativo, regadas ao melhor vinho seco e muita, não, muuuuuuuuuuita conspiração. Os porres no Bar, ouvindo o Thomaz cantar qualquer coisa no violão. Qualquer coisa não, ele muito provavelmente arranharia uma "Insensatez" e claro, "A Rita", que levou meu sorriso e meu assunto...
Aiaiai...que saudade! Que vontade!

O vinho e o pão

Lu Minami

Ouvindo: Tanto Mar, Chico Buarque

Roubei o jardim secreto da Ju. Quer dizer, não roubei, mas achei a portinhola secreta. Esse jardim acolhedor como um enorme cobertor xadrez, delicioso como as conversas de madrugada, confortável como um gole de chocolate quente no inverno, cicatrizante como o sol forte, agradável como uma tarde de outono, nostálgico como uma seresta sertaneja e consolador como um pôr do sol naquela varanda.

Penso que me achei de novo. Estava tão perdida e sem chão que não conseguia mais sorrir com sinceridade. Ah... voltei a sorrir. Voltei a acreditar no que tinham me desacreditado. Voltei a me emocionar com borboletas e com a banda do coreto. Voltei a abraçar forte e sentir que tudo vai ficar bem.

Me encontrei de novo quando me deram uma flor de madeira. Neruda ofereceu sonetos de madeira à Matilde para que ela lhes desse vida.

Estou bem. Sim, estou.

Para completar, a Karu deu seu jeito delicado e amável para abrandar seu coração e, de bônus, teve diplomacia o bastante naquela saia-justa que ela, mesmo pequena do jeito que é, conseguiu ter jogo de cintura e deu um show de contorcionismo para continuar seu caminho sem sequer ser perturbada, sem sequer perder sua doçura costumeira.

Ju, faltou você. Sua companhia e seus comentários sempre providenciais e maravilhosos fizeram muita falta nesse feriado. Principalmente porque sei que você não faria questão nenhuma de nos trazer de volta para o chão gelado da realidade. Pelo contrário, você ficaria lá em cima conosco, contemplando o belo sorriso amarelo da lua minguante de ontem.

Mas não se preocupe. Vou hoje correndo para te contar tudo!

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Are you ready for a new sensation? Right Now!!!

Jú Mancin


Putz...

Sexta feira, fria e chata, não fosse pelo show do INXS que eu tô assistindo, pela terceira vez em menos de vinte e quatro horas...o Hutchence me deixa louca...hahahaha...e canta o que eu gostaria de ouvir...


In the dark of night
Those small hours
Uncertain and anxious
I need to call you
Rooms full of strangers
Some call me friend
But I wish you were so close to me
In the dark of night
Those small hours
I drift away when I´m with you
In the dark of night
By my side
In the dark of night
By my side
I wish you were, I wish you were
Here comes the clown
Well, his face is a wall
No window, no air at all
In the dark of night
Those small hours
I drift away when I´m with you
In the dark of night
By my side
In the dark of night
By my side
I wish you were, I wish you were
Yes, I wish you were by my side
By My Side
Don´t ask me
What you know is true
Don´t have to tell you
I love your precious heart
I, I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never tear us apart
We could live for a thousand years
But if I hurt you
I´d make wine from your tears
I told you
That we could fly
´Cause we all have wings
But some of us don´t know why
I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never, ever, tear us apart
SAX SOLO
I, I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never tear us apart
You ( Don´t ask me)
You were standing (What you know is true)
I was there (Worlds collided)
Two worlds collided (We´re shining trough)
And they could never, ever tear us apart
Never tear us apart
...e tenho dito!!!
E por falar em tenho dito me lembrei do Bianchi, e consequentemente de futebol, e por falar em futebol, dáááááááá-lhe Liverpool, que jogo hein, porque os ingleses são muito melhores...rs...
Tá compreendido???

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Perseguição

Lu Minami


Lendo, entre um email e outro, um poema ou outro de Neruda.

Ontem, voltando para casa, avistei seu carro. É claro que na minha mente confusa e dilacerada, as chances do carro ser realmente seu, àquela hora, eram ínfimas.

Não resisti. Acelerei, ignorei os radares, ignorei placas de velocidade, ignorei faróis fechados e ignorei os pedestres. Fui atrás de você e fiquei a uns cinco metros de distância do seu carro. Eu estava escutando uma batida eletrônica nervosa, cantada por alguém que havia morrido antes do CD ser inventado. Aquilo me deixou ainda mais perturbada. Se o novo e o antigo conseguem caminhar juntos daquele jeito, eu poderia caminhar junto ao seu lado?

Partindo desta conclusão – naquele momento, essa conclusão foi o meu melhor álibi – me postei ao seu lado, na mesma velocidade e tentei, num esforço em vão, te ver através do vidro escuro, mas só vi as suas mãos no volante. Não consegui enxergar seu rosto, nem seus olhos. Eu acelerei de novo, passei à sua frente e olhei pelo retrovisor para tentar te ver, mas não consegui. Nesse segundo, saímos do túnel iluminado e tudo voltou à escuridão. E então você me ultrapassou. Rápido, seco, como quem tem pressa de chegar à algum lugar que não seja a minha vida.

Fiquei para trás. Virei à direita e subi a ladeira. Entre buracos, lombadas e valetas, cheguei em casa.
Sozinha.

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Idéias no trânsito

Lu Minami

Ouvindo: Labour of Love (Frente)

Cheguei em casa ontem um pouco tarde e fui dar uma olhada nos meus CD´s e ver qual deles eu gostaria de escuta-los hoje de manhã. Faz um pouco de tempo que não organizo a minha estante de música e livros. Separei uns 08 CD´s – porque queria escutar uma ou outra música de cada um, não um álbum inteiro especificamente. Realmente, concordo com vocês, é um hábito ruim, porque no meio do trânsito caótico, eu quero trocar o CD e fica aquela confusão para tirar o CD, procurar a caixa correta do mesmo (tem que ser a caixinha certa), guardar o CD e pegar o próximo da lista. Entre uma caixinha e outra, uma buzina, uma freada e até um berro na ponte Eusébio Matoso.
Hoje, enquanto escutava bossa-nova, fiquei pensando nas músicas que eu gostaria que tivessem composto para mim. Eu de musa inspiradora, sabe?

Já estava tomada de uma pretensão insuportável quando me dei conta que também gostaria de ter sido a compositora de algumas canções (e cantar também, apesar de ser impossível devido à voz de taquara rachada, queimada e trincada). Aí sim... Tornei-me a maior de todas as prepotentes.

Olhem só no que resultou a brincadeira...

Eu adoraria ter sido a compositora dessas músicas:
- Gota D´água (Chico Buarque)
- Cold, cold night (The White Stripes)
- Conversa de botas batidas (Marcelo Camelo)
- Quem me vê sorrindo (Cartola)
- Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
- Todos estão surdos (Roberto Carlos)

Eu adoraria que essas canções tivessem sido feitas e cantadas para mim:
- Luisa (Tom Jobim)
- Meu esquema (Mundo Livre S.A)
- Último Romance (Rodrigo Amarante)
- The way you look tonight (Frank Sinatra)
- Eu preciso dizer que te amo (Cazuza)
- Fell in love with a girl (The White Stripes)

É claro que isso só vale para hoje. Amanhã, tudo pode mudar.

quarta-feira, 18 de maio de 2005

La Bella Luna

Jú Mancin
Ouvindo Let´s Get It On, Marvin Gaye

E cantando Let´s Get It On, rs...para vocês!

I've been really tryin', baby
Tryin' to hold back this feelin' for so long
And if you feel like I feel, baby
Then come on, oh come on
Let's get it on, oh baby
Let's get it onLet's love, baby
Let's get it on
Sugar, let's get it on
We're all sensitive people
With so much to give
Understand me, sugar
Since we got to being
Let's liveI love you
There's nothing wrong with meLovin' you, baby no no
And givin' yourself to me could never be wrongIf the love is true, oh baby
Don't you know how sweet and wonderful
Life can beI'm asking you baby
To get it on with me
I ain't gonna worry
I ain't gonna push
I won't push you baby
So come on, come on, come on, come on, come on baby
Stop beatin' 'round the bush
Let's get it on
Let's get it on
You know what I'm talkin' about
Come on baby, hey hey
Let your love come out
If you believe in love
Let's get it on
Let's get it on, baby
This minute, oh yeah
Let's get it on
Please get it on
So come on, come on, come on, come on, come on darlin'
Stop beatin' 'round the bush
Gonna get it on
I wanna get it on
You don't have to worry that it's wrong
If the spirit moves ya
Let me groove ya... goodLet your love come down
Get it on, come on baby

Hahaha, fazê o que né, efeito lua cheia, não posso resistir...

domingo, 15 de maio de 2005

...e na Terra do Nunca...

Jú Mancin

Ouvindo By my Side, INXS.


“...Nothing´s gonna change my love for you
You ought know by now how much I love you
One thing you can be sure of
I´ll never ask for more than your love...”

Hahahaha mais uma pro nosso repertório!

Sabe o que é pior, é que ontem tudo foi documentado. Existem provas contra a gente.

Fudeu...

E quer saber do que mais?

Grunges Never Die...Grunges Neverland....

Hahahahahaha...

Talvez hoje eu consiga assistir A Queda.

sexta-feira, 13 de maio de 2005

A Insustentável Leveza do Ser

Jú Mancin

Ouvindo Eu Te Amo, Chico Buarque.

Tem horas que tudo o que eu quero é ser cuidada, simplesmente carregada no colo por alguém que não ligue para o meu peso, e que nem me pergunte quanto tempo mais vai ter que me carregar. Mas isso é difícil. Impossível, eu diria.

Nessas horas fugir também seria legal, me esconder num buraco, numa caverna, no fundo do mar, no banheiro ou em qualquer lugar longe dos olhos que não me vêem. Que até me vê, mas pouco me enxerga.

Será que sou irrecuperável mesmo? Que a vida vai ser mais sarcástica comigo do que eu tenho sido com ela? É capaz né...

Se for foda-se, eu me levanto de novo.

“...and so it is...life goes easy on me...”

quarta-feira, 11 de maio de 2005

Dream

Jú Mancin
Ouvindo O Mundo é Um Moinho, Cartola.

Mais uma vez não sei como dizer, só que dessa vez nenhuma música vai tomar minha “voz”. Vou fazer uma lista de filmes que se relacionam com o meu sonho de hoje...

Entenda como quiser, e se quiser...

Cidade dos Sonhos – David Lynch
Assassinos por Natureza – Oliver Stone
Em Algum Lugar do Passado - Jeannot Szwarc
Magnólia – Paul Thomas Anderson
Vanilla Sky - Cameron Crowe

Bom sonho é sonho né?! Essa lista é o que mais se aproxima do meu...

E por falar em filmes, já to na contagem regressiva para o dia 19 de maio...

STAR WARS Episódio IIIA Vingança dos Sith

Ai ai, que saudade do Lucky Skywalker!!!
PS - Muito bem observado Lú, já retifiquei minha lista de filmes e esse não poderia ficar de fora. Obrigada!!!

terça-feira, 10 de maio de 2005

Surto de melancolia

Lu Minami

Ouvindo: Blower´s daughter, Damien Rice

À todo vapor e à toda prova. Estou voltando ao meu ritmo normal. Minhas agonias voltaram a me ameaçar e minhas esperas voltaram a me procurar, meu telefone voltou a tocar e meus dias voltaram a ser curtos demais. Estou procurando tempo.

Mas o tempo que estou procurando é para não pensar em você de novo. Pensar daquele jeito delicado que você não merece, quando meus olhos ficam piscando ansiosos, minha boca fica esticada num sorriso imenso e minha aparência pode ser colocada num outdoor comemorando o Dia dos Namorados. Uma campanha contra o consumo e a favor da poesia. Fica lindo em preto-e-branco, você não acha?

Outro dia vi um filme triste que me deixou em frangalhos e eu quase não consegui respirar quando saí do cinema. Será mesmo que o cinismo substitui bem a sinceridade? Substitui com mais charme e malícia o que deveria ser verdadeiro custe o que custar? Essas perguntas me deixaram sem respostas por vários dias. Mas temo que você vai me deixar sem respostas durante o resto da minha vida. Essa vida que eu procuro pelo chão, atrás das portas, dentro das gavetas, numa capa de disco. Vasculho tudo que você me deu e quando percebo, me perdi. Levo dias para me reencontrar, espalhada num canto qualquer.

Se eu pudesse, te celebraria. Nesses dias normais que voltam a me perseguir, alguma coisa me alfineta e machuca. Dizem que fico mais bonita quando choro e sangro. Mas o dia amanhece e eu fico feliz de saber que está ali, mesmo sem falar com você.

E não julgue que isso possa ser chamado de esperança. É pura constatação.
Você... Sim, você fica na minha vida, durante todo o tempo em que eu puder esperar por você, todos os dias. Durante o tempo que eu ainda for capaz de colocar você em minhas orações e te desejar a felicidade.

Primeira Semana

Lu Minami

Ouvindo: alguma coisa da Cindy Lauper

Verdade. Estou sumida. Mas, sabem como é... primeira semana de trabalho, lugar novo, pessoas novas, todas com aquela cara “quem é essa?” e eu fazendo cara de “como assim você não me conhece?”. Já dizia minha amiga Jú, postura é tudo nessa vida.

Minha sala nova é um pouco apertada, mas é simpática, confortável e eu arrumei um baleiro de vidro cheio de balas coloridas para ficar ainda mais simpático. O cheiro da minha sala é de eucalipto, culpa de alguma sauna aqui perto. Não tem garrafa de café, porque cafeína em excesso faz mal à saúde e aqui, eu vendo qualidade de vida. Não tem fumódromo pelo mesmo motivo.


Justo eu. Justo eu que adoro café e cigarros. Justo eu que gosto de ouvir Chico e Cole Porter. Aqui eu escuto a parada Bilboard de hip hop o tempo todo.
Tem seus benefícios, é claro. A vista daqui é linda. Corpos esbeltos, rostos destacados de revistas e televisão. Mas, se eu chegar mais perto sei que não vou gostar. Eu não me sinto confortável em lugares com espelhos e aqui têm em demasia.

Mas eu estou gostando. As pessoas são boas, simpáticas e sempre dispostas a me ajudar. É tudo novo, então fico impressionada a cada dia que passa.

É tudo diferente. Diferente daqueles dias em que eu tinha o sol na minha janela, declarações de amor na minha tela, prazos impossíveis ao telefone e conversas que poderiam ser jogadas fora – não por serem inúteis, mas por serem amáveis e sem o propósito de me deixar louca.

Pensando bem, ainda tenho tudo isso.
Menos o sol na minha janela.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Nota

Jú Mancin


Ouvindo a máquina de lavar, porque tá muito cedo e tô com dor de cabeça.

Eu prefiro acreditar na incompetência. Que o show de horror transmitido, ontem, pela ESPN, à partir das quatro horas da tarde, foi uma prova da superioridade do São Paulo Futebol Clube.

Do contrário, o futebol perde o sentido.

Entre a derrota por inferioridade técnica e a derrota por inferioridade de caráter (estratégica), eu fico com a primeira.

O Curinthia não entregaria um clássico assim, na bandeija. Não tendo a torcida que tem, que valoriza a raça muito mais que a qualquer título.

O Curinthia não colocaria em risco o patrimônio e a vida dos civis da cidade que o abriga. É um clube resposnável e sabe que a imensa massa FIEL só precisa de um estopim para colocar tudo pelos ares.

O Curinthia não desrespeitaria o adversário dessa forma.

Definitivamente NÃO!

Eu só posso crer que o meu clube do coração tenha tomado de cinco ontem por INCOMPETÊNCIA e INFERIORIDADE TÉCNICA. Talvez seja egoísmo, mas assim, ao menos, eu posso continuar acreditando no futebol.

E tenho dito.

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Que dia!!!

Jú Mancin

Ouvindo Blower´s Daughter, Damien Rice (Closer Theme)

Gente, quem quiser saber o que significa uma tarde péssima, cai pra Marechal, aqui em São Bernardo, numa sexta-feira de sol, de preferência, às vésperas de uma data comemorativa, tipo, Dia das Mães.

Minha nossa, você vê de tudo, ouve de tudo, e cheira de tudo...rs...acho que se o inferno tem cheiro, deve ser o mesmo da Marechal, não é enxofre não.

Você é parado a cada dez passos, por algum promotor de vendas, que te pergunta:

- Já tem o cartão da C&A, Marisa, Riachuelo, Besni, Pelicano, etc...

E nem adianta você tentar fugir, eles te pegam, parece enquadro da Polícia. E experimenta dizer que não quer. Não existe, eles te obrigam, e você, na ânsia de se livrar do mala, aceita, é rapidinho mesmo, o cartão sai na hora e não têm anuidade.
Vamos lá!

Sai na hora. Na hora que eles querem né, porque você é obrigado a esperar em pé, com a barriga no balcão do atendimento, vendo aquelas vendedoras horrorosas, com cara de bosta porque a loja está cheia e isso não significa uma comissão maior no fim do mês.
Ou, você pode, enquanto espera, ir dando uma olhadinha nos produtos. Aí você vai, olha e compra, tudo, porque é para pagar em muitas vezes e sem juros. Sem juros é outra grande mentira, né. Mas enfim, você vai para a loja, olha, olha, olha, pega muitas mercadorias, e volta, para o atendimento, na sede de pegar seu novo cartão, pagar suas compra e simplesmente sumir dali. Hum, bobagem, você ainda vai ter q enfrentar os duzentos gerúndios que aquela atendentezinha treinada para Call Center vai te dizer:

“Eu vô ta ligando, pra ta perguntando se essa pessoa conhece você, pra aí então, eu podê ta autorizando seu cadastro.”

Ou

“...nesse caso, você tem que estar nos ligando pra ta desbloqueando...”

Meu Deus, que coisa insuportável. Depois de uma era lá dentro, você finalmente consegue ta comprando sua mercadoria, que a essa altura do campeonato, já virou algo tão cobiçado, que sequer passa pela sua cabeça ir embora e deixar tudo ali.

Você pensa que acabou???

Não, aí você volta para a Rua Marechal Deodoro, volta pro absurdo, o cheiro gruda no seu nariz de novo, as pessoas parecem não te enxergar, pois te pisam. É uma maratona, até que você chegue ao carro, com suas sacolas. Ainda vai enfrentar aquele trânsito ridículo de São Bernardo, com os semáforos mais descontrolados do Estado. Isso porque sua casa fica há menos de três quilômetros da tal Rua Marcehal Deodoro.

Ai meu, na boa, ninguém merece um lugar desse. Só em boa companhia para agüentar.

Valeu Ligia!

quinta-feira, 5 de maio de 2005

Tem certas coisas...

Jú Mancin

Tem certas coisas que eu não sei dizer, e certos momentos em que não consigo dizer, agora por exemplo, estou no meio de um turbilhão de sentimentos, mas não conseguiria expressá-los. Não com as minhas palavras, portanto, mais uma vez, uma música vai falar por mim...

Ooh, baby let's get down tonight
Baby I'm hot just like an oven
I need some lovin'
And baby, I can't hold it much longer
It's getting stronger and stronger
And when I get that feeling
I want Sexual Healing
Sexual Healing, baby
Makes me feel so fine
Helps to relieve my mind
Sexual Healing baby, is good for me
Sexual Healing is something that's good for me
Whenever blue tear drops are falling
And my emotional stability is leaving me
There is something I can do
I can get on the telephone and call you my baby, and
Honey I know you'll be there to relieve me
The love you give to me will free me
If you don't know the things you're dealing
I can tell you, darling, that it's Sexual Healing
Get up, Get up, Get up, Get up, let's make love tonight
Wake up, Wake up, Wake up, Wake up, 'cos you do it right
Baby I got sick this morning
A sea was storming inside of me
Baby I think I'm capsizing
The waves are rising and rising
And when I get that feeling
I want Sexual Healing
Sexual Healing is good for me

Makes me feel so fine, it's such a rush
Helps to relieve the mind, and it's good for us
Sexual Healing, baby, is good for me
Sexual Healing is something that's good for me
And it's good for me and it's good to meMy baby ohhh
Come take control, just grab a hold
Of my body and mind
soon we'll be making it
Honey, oh we're feeling fine
You're my medicine open up and let me in
Darling, you're so great
I can't wait for you to operate
Get up get up get up get up
let´s make love tonight
wake up wake up wake up wake up
cause you do it right

Marvin Gaye

Um pouco de poesia não faz mal à ninguém...

Ju Mancin

A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado.

Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado.

Tom Jobim/Vinícius de Moraes

quarta-feira, 4 de maio de 2005

Ae Lú, a Teoria do Caos não podia faltar.

Jú Mancin
Ouvindo Nutshell, Alice In Chains

Teoria do Caos é foda demais para essa minha mente atormentada, gera muita discussão, todas absolutamente infundamentadas, até porque o discurso é embasado no “Achismo”.

O Efeito Borboleta dá asas à imaginação, né?! Imagina se (óia, lá vem o SE de novo) pararmos pára pensar em quantas possibilidades o “SE”, na condição de conjunção subordinativa condicional, nos dá...

Se aquele dia eu não tivesse ido pescar!
Se eu não tivesse saído do Regina Mundi.
Se meu pai não tivesse resolvido mudar de casa naquele ano.
Se minha mãe não tivesse coragem.
Se eu tivesse falado Não!
Se eu tivesse falado Sim!
Se o Bush tivesse morrido no parto.
Se o Che resolvesse ficar em Rosário na Argentina.
Se o Gael fosse meu vizinho..Ops..rs

Se, se, se, se, se...

Parece aula de estatística, probabilidade...

Mas no fundo, como é que vamos saber o que teria acontecido???

Sei lá, tudo muito confuso, hein Lú?! Hahahaha

terça-feira, 3 de maio de 2005

E se a borboleta tivesse sido comida por um sapo antes do rufalhar de suas asas?

Lu Minami
Ouvindo: Basta um Dia, Chico Buarque
Depois do filme com o lindão do Ashton Kuthcher todo mundo quis saber mais sobre o tal efeito borboleta, a complexa Teoria do Caos. Eu li, pesquisei, devorei centenas de exemplos e descobri, dentro da minha visão limitada, que para entender a teoria desse caos é só dizer "E se", igual àquela música chatíssima do Djavan.
> E se eu não tivesse feito faculdade de Publicidade?
(Eu provavelmente teria feito música ou literatura. Mas seria muito mais chata do que sou hoje).
> E se eu não tivesse sido atropelada aos 14 anos?
(Eu provavelmente seria atleta hoje, com menos celulite, menos cafeína e nicotina no meu sangue. Mas teria endorfina demais no meu organismo para me fazer entender que a boemia é uma belíssima companheira.)
> E se eu tivesse dado pela primeira vez aquele dia, com 17 anos?
(Talvez eu fosse mais desencanada com relação à tudo nessa vida. Mas também não daria tanto valor ao sexo como dou hoje.)
> E se eu não fosse publicitária, eu teria conhecido-o mesmo assim?
(Não existe lado ruim em tê-lo conhecido. Simples assim.)
> E se eu não gostasse tanto de assuntos infudamentados?
(Eu não seria tão amiga de tantas pessoas maravilhosas que me cercam hoje.)
> E se eu fosse menos preguiçosa?
(Eu teria o mundo aos meus pés. Mas, eu realmente não preciso e nem quero isso.)
Sabem aqueles esquemas de perguntas, com resposta SIM ou NÃO e, dependendo da sua resposta, o esquema e as perguntas se enveredam por outro caminho? Deve ser assim, um emaranhado de perguntas, respostas espontâneas, questões suspensas, negativas abortadas, afirmativas esquecidas. No fim das contas, a curto ou a longo prazo, o resultado deve ser o mesmo.
Se eu não te encontrar hoje na farmácia, porque meu carro quebrou, te encontro daqui 6 anos, 2 meses e 19 dias e vamos nos conhecer mesmo assim. Daí teremos aquela sensação familiar de que nos conhecemos há anos. E isso não quer dizer que você deveria ter me conhecido 6 anos
atrás. Não, nós compensamos as nossas vidas de outros jeitos, com outras respostas e caminhos. Mas acabamos nos conhecendo mesmo assim.
A vida joga na minha cara as coisas de um jeito engraçado e caótico, que ninguém pode teorizar. Eu prefiro levar minha vida devagar, desse jeito despregado do chão que eu tenho, em meio ao caos que é minha vida.

Palavras gostosas de falar.

Jú Mancin
Lú Minami
Ouvindo The Bitter End, Placebo

Esse "projeto" nasceu numa madrugada quente de outubro, num quarto, numa casa na praia de Toque-toque.

Uma simples palavra desencadeou tudo isso que lerão aqui. Qualquer coisa é demais para nós duas. Até uma simples palavrinha. Coriza.

E que fique bem claro, não tem sentido. NÃO TEM SENTIDO! Mas a sonoridade das palavras nos fez pensar em outras finalidades para determinadas denominações.

Eu aconselho, façam isso de vez em quando, pode ser muito divertido, desde que não tenha ninguém em sã consciência por perto. Pode parecer loucura!

Here we go!

Olá, meu nome é Saint-Exupèry de Nécessaire, estudo no Colégio Madre Coriza de Profiteroles, que foi fundado em 1.572 pelo Barão de Icoarana, marido fiel e devoto da Baronesa de Icoarana, filha dos Conde e Condessa de Alphaville, pai do Duque de Smallvile (que fica próximo ao vilarejo de Springfield), fundadores da Ordem dos Fronha, que visa proteger o Esmégma Sagrado, contra a Santa Igreja dos Devotos de Paracanturus Epatus, com sede oficial na Basílica de Clarabóia, na província de Capuccino, na península de Travellercheck, que é por sua vez margeada pelos Rios Rubéola, Artrose, Meningite e Aphrodite.

NÃO TEM SENTIDO!

Mas que é gostoso falar, ah isso é.

Jú & Lú direto de Neverland

segunda-feira, 2 de maio de 2005

...e por falar em nostalgia!

Jú Mancin


Ouvindo Lean On Me, Joe Cocker (uma boa versão)
More Than Words, Extreme
Easy, Faith No More

Essa foi realmente a Semana Oficial da Nostalgia, começou no sábado com o show do Ludov, que mais parecia o show de uma banda do colegial no auditório para poucos alunos do Colégio. Também o “reencontro”, com velhos amigos me fez lembrar muitas coisas. Até a mulher que me criou resolveu me ligar essa semana, eu atendi e ela disse:

- Oi Jú, aqui é a Helena, lembra de mim? Trabalhei para sua mãe.

Caramba, ela trabalhou para minha mãe, que morreu há quatorze anos, nesse mesmo mês de abril, que acabou sabadão.

Claro que me lembrei. Conversei com ela alguns minutos e foi o suficiente para voltar no tempo.

Me lembrei de como era simples a vida naquele tempo, o maior de todos os problemas era passar da quinta para a sexta série no fim do ano, e para mim, ir bem em matemática.

Sem contar aquela paixão, absurdamente inocente, que me tirava o sono. “...de cada amor tu herdarás só o cinismo...” Cartola ainda não fazia sentido para mim.

Lembrei das horas passadas em família, a melhor de todas as famílias. A minha! Tanto a ala portuguesa quanto a italiana.

Das férias de janeiro no Guarujá e das férias de julho em Jurupema. Minha doce Jurupema, onde o tempo corre lentamente e todas as pessoas são felizes. Que guarda meus maiores segredos. É lá onde eu me lembro quem sou e de onde vim.

A comida da minha mãe, huuuum, ela fazia filet de frango ao molho de mostarda, era simples, mas ninguém fez igual para mim até hoje.

Os domingos na casa da tia Lídia, macarrão, molho de tomate feito na hora e muita fofoca e muita risada e muita coca-cola. As jogatinas na casa da Vó Guigui. As festas de aniversário da Pri. Do nascimento dos primos menores (Bruno, Alessandro, Paulinho, Vini, Thomaz). Dos preparativos para as festas de fim de ano, adorava embrulhar presentes na casa da Tia Olívia (a Lú embrulhava, o meu cargo era cortadora oficial de Durex).

Lembra quando assistíamos Smurfs, Caverna do Dragão, Capitão Planeta, Pica Pau (o antigo), Popeye, Formiguinha Atômica, Mr. Magoo, Homem-elástico, A Pantera Cor-de-Rosa (ela ainda não falava), a turma do Manda-Chuva, e tantos outros? Todos em canal aberto, porque não existia TV por assinatura.

Me lembrei dos shows que peguei na adolescência, aliás, ontem fez doze anos que vi Metallica no Parque Antártica (o slogan da 89 FM era “nesse Primeiro de Maio São Paulo vai tremer"), vi Faith No More no Olimpya, Guns N´Roses no Anhembi. Vi até Vanilla Ice e Roxette.

Lembrei também dos shows que perdi e que inevitavelmente jamais verei. Nirvana e Alice In Chains, no Hollywood Rock em São Paulo. Humpf!!!

Me lembrei de tantas coisas que me fizeram pensar naquela velha máxima clichê:

Eu era feliz e não sabia!

E tudo isso porque “reencontrei” pessoas importantes que estavam inseridas nesse contexto. Dedico meu post de hoje à essas pessoas. Bá, Dennis, Rato, Nerso, Fê, Cris (Cogão), Lakers, Nishino, William, Luciano, Brown e Boca.

E viva a nostalgia!!!

Nostalgia

Lu Minami

Ouvindo: Balão Azul, Guilherme Arantes.

Essa semana eu suspirei muitas vezes e disse: "Nossa, me deu uma nostalgia..."

Não é bem saudade. Parece déja-vu, mas é diferente. Tem cheiro e gosto de coisa antiga que a gente gostava, mas não consegue se lembrar. Sei lá, lembrei de gente que eu não via faz tempo, de fatos antigos, de brincadeira de criança e de notícia velha. Saí na rua e parecia o clima de um dia que vivi 15 anos atrás. Meio vento, meio sol, com cheiro de chuva e cachorro fazendo xixi no poste.

Aí, sentamos ali na lareira acesa, com vinho e cigarro e começamos a lembrar de música, nome de bicho de estimação, brinquedo, desenho animado, amores antigos, nome de doce. Pé-de-moleque, algodão-doce, têta-de-nega, maria-mole, suspiro, arroz-rosa, bicho-de-pé... Não tem gosto de infância? Padaria do bairro, mercearia da Tia Sônia?
E desenhos? Manda-chuva, Turma da Pesada, Tu-tubarão, ThunderCats, Smurfs, Ursinhos Gummy, Pica-Pau (nas cataratas), Space Ghost, Speed Racer, Caverna do Dragão e mais um montão de coisa.

Difícil crescer e lembrar dessas coisas com certa dificuldade, né? Difícil se dar conta que faz mais de 10 anos que você já foi adolescente. Pô, eu já vi 02 papas! Já vi 02 regimes políticos vigorarem! Muita coisa. E eu me acho muito nova, mas já sou uma senhora.

Não evoluí com a música. Não tenho apreço pela música eletrônica atual ou pelas gritarias e rimas da negritude de hoje em dia, como tenho pelas melodias de Chico, Vinícius, Tom, Sinatra.
Não evoluí tanto com a literatura. Gosto de Jack London, Thomas Mann, Alexandre Dumas, Platão e Shakespeare. Gosto da minha década, mas prefiro as décadas de antes. Gostava da Xuxa de antes, não da Xuxa de hoje. Gostava dos Trapalhões e não da Zorra Total. Gosto das coisas de antes.

Mas, no fundo, acho que isso é medo besta de envelhecer e esquecer das coisas antigas e só dar valor para o que vem depois. É... medo de morrer.

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