ju mancin
d °_° b eu te amo, chico buarque
eu queria uma daquelas conversas de botas batidas.
[veja você, onde é que o barco foi desaguar]
pra poder dizer, sem jogos ou entrelinhas, sem segredos, todas essas bobagens que ainda me tiram o sono.
queria assim, que fosse na beira do rio, debaixo de uma mangueira, num fim de tarde dourado e que entrasse à noite, sem lua mesmo, pra que a gente pudesse contar segredos sob a luz dos vagalumes e de uma velha lamparina, queimando querosene.
não seriam segredos picantes. só coisinhas assim, bobaginhas que me atormentam em silêncio. na verdade, essa saudade, que é só saudade mesmo, de um sei-lá-que-tempo onde a gente foi feliz.
tem hora que cansa ser um baú. dá vontade de abrir a porteira e deixar passar essa turba de pequenos tumultos que chacoalham por dentro. tem hora que o abalo sísmico sente vontade de sair da posição discreta aqui dentro do peito, tem hora que ele deseja aparecer num sorriso, nos olhos, nos dentes. tem hora que o maremoto deseja crescer tsunami.
a droga do amor. me faz falar besteiras. esquecer das regras. fugir dos padrões. furar greves. quebrar barreiras. romper acordos. lá vem o sonho de novo, querendo ser realidade.
tanta palavra lançada ao tempo. logo palavra, que não vale nada…
e essa saudade que é só saudade mesmo…
3 comentários:
Porque uma vez ou outra
Se pensa em pq não ser assim...?
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Luz minha querida.
hj eu queria nao ser assim...
nem assado...
hj, eu queria simplesmente não ser...
desintrega, Ju!
saúde!
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