terça-feira, 26 de maio de 2009

.qualquer coisa.

ju mancin [ www.twitter.com/jumancin ]

d °_° b easy to remember, billie holiday

nem sei que tipo de coisa é essa que bate aqui dentro que chora ou clama. ou que pede mais uma dose quando a noite, enfim, acabou como o gim. se é amor ou devoção. não sei em que ponto a gente se fundiu [e confundiu]. se é saudade a angustia que me acorda no meio da noite. ou se é medo, esse calafrio que arranha a espinha. desejo. desejo louco de ficar em você. fazer parte de você. de te ouvir falando. não tem jeito! [é pra vida inteira]. sou vítima desse amor bipolar. puro. simples. simples como o sopro do miles ou do coltrane. puro como um rif de guitarra ou doce como a voz da billie. assim, de qualquer jeito, mas genuíno.amor.

deixemos de lado nossas máscaras e amemos em alto e bom som. é fácil! o amor é guerra mas eu quero paz. eu quero é mais. chega dessa sopa rala. é hora de voar! aumenta o som e chega pra cá. me dá um beijo, um abraço, um amasso e um cigarro que esse papo seu já tá de manhã…

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Voltas, cambalhotas e piruetas

Lu Minami


Ouvindo: I'm Old Fashioned
(John Coltrane)


Você chega em casa sem aviso, sem me notar, sem notar a música da minha coleção de jazz que tenho tanto orgulho, sem tirar os sapatos, sem olhar direito e por mais tempo nos meus olhos, sem escovar os dentes, sem trocar de roupa, sem notar o livro de Baudelaire que larguei de propósito no pufe como quem diz: “Me olha, estou aqui por sua causa, seu idiota”.

Chega cagando regra, vomitando sua audácia e cuspindo toda essa arrogância que eu odeio amar. Não nota a garrafa inteira que eu esvaziei enquanto enchia meu peito de uma esperança vil, ordinária e de sexo sem amor, de quem tem esperança que um dia ele se torne algum tipo de loucura ou algo parecido com amor, mesmo sem saber o que isso significa.

E você enxerga essa falha rasgada na minha cara, uma grande cicatriz de quem tem medo de brincar, medo de parecer séria demais, sexy demais, beirando o ridículo, com aquela inteligência de quem devora livros para chegar perto de você, nem que seja por alguns minutos de conversa. Aqueles minutos que você odeia e eu também depois de tanto falarmos em silêncio naquele sofá, naquela cama, naquela lavanderia.

E toda essa minha insegurança acaba no instante em que você levanta, vai tomar banho sem mim, se veste e se despede com um aceno, esperando que eu diga “ah, volta aqui, fica mais um pouco”, para ter o prazer monstruoso e horrendo de dizer “fica pra uma próxima”. Mas eu nunca digo, eu levanto e abro a porta, sonolenta e entendiada, como quem não vê a hora de você ir embora.

Nesse segundo, nós sabemos que o mundo não parou, mas a vida virou, virou do avesso, mostrando algo que não entendemos. Um breve olhar de ternura, que mal é percebido, e continuamos sem saber onde estamos e aonde vamos parar.

E é por isso que você vai chegar um dia em casa novamente, sem aviso e com uma garrafa de vinho vazia na mesinha da sala.
E é somente por isso que eu vou abrir a porta.

terça-feira, 19 de maio de 2009

.liberte-se.

ju mancin

d °_° b how many cans, soul coughing

de repente a mente abre…

caminho entre as flores, me deixo levar…

a voz, canta uma canção sobre o demônio e eu…

“me and the devil…walking side by side”… será?

penso em deus…

energia. luzes que vibram e colorem o horizonte acinzentado da babilônia…no céu, aquele sol fraco do outono, quase encoberto pela fumaça que vem da serra, nessa hora do dia, nessa época do ano…

timidamente, um sorriso se desenha… “bons pensamentos nos fazem voar, wendy”!!!

tanta escuridão, eu sabia, uma hora findaria…enfim, aquele campo dos morangos [mofados ou não]…

meu encontro comigo num campo de morangos com cheiro de chuva…

…ando meio desligada…

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dias cinzas felizes

Lu Minami


Ouvindo: Reckoner
(Radiohead)



É na brancura de alguns dias que a palidez forçada e sugerida da minha alma insiste em aparecer. Mas são nos dias cinzas de chuva, com o céu carregado de intenções de chorar e pestanejar com seus trovões que encontro um pouquinho de paz.

É com o céu mudando de cor e suas nuvens que passam em sua pressa de levar água e infortúnio para outros lugares que eu sossego meu medo e vomito palavras torrenciais, que inundam páginas e páginas de cartas infinitas.

Peço calada, um favor então. Eu sei, parece coisa de criança, de gente maluca e que não toca a vida para frente. Mas hoje, o cinza me deu chance de ser corajosa e encher de cor a minha boca para te dizer. Te pedir que deite de novo naquele travesseiro pintado de flores pretas e guarde esse olhar só para mim, que cante baixo, pela respiração, aquela música que esqueci a letra, mas que diz tanto em tão poucos versos. Que tem aquele refrão bonito, sobre dias azuis e claros que nunca mais se repetirão, sabe?

Eu lembro, eu sei. Um pouco da letra que ainda cabe em meus últimos segundos de travesseiro, um restinho de pernas que se entrelaçam, meus pés gelados sempre e um jeito estranho de me encaixar no seu peito, onde fico entregue e você mais vulnerável do que nunca. Daqui, do seu peito, era possível te machucar, mas minha vontade era te proteger. Te proteger de mim mesma.

Em dias assim, me invade a preguiça do mundo e das pessoas vazias ou que nada tem para me dar, porque é impossível não te colocar acima de todas essas pessoas e te jurar, todos os dias, que não serei feliz por menos, que não vou conseguir me inspirar em dias brancos sem as nuvens esparsas e carregadas do negrume do meu coração junto ao teu.

.I´m free now.

jú mancin

d °_° b cure for pain [o álbum], morphine

I'm free now to direct a movie
sing a song or write a book about yours truly
how I'm so interesting, I'm so great
I'm really just a fuckup and it's such a waste
to burn down these walls around me
flexing like a heartbeat
we don't like to speak
don't talk to me for about a week
I'm sorry, it just hurts to explain
there's something going on that makes my guts ache
I got guilt, I got fear, I got regret
I'm just a panic-stricken waste I'm such a jerk
I was honest, I swear
the last thing I want to do
honest, I swear
the last thing I want to do
is ever cause you pain
I'm free now
free to look out the window
free to live my story
free to sing along

morphine, morphine, morphine!!!

passa vontade não, abre que toca!

 

quarta-feira, 6 de maio de 2009

.de beijar o português da padaria.

ju mancin

d °_° b sampa [ao vivo], os novos baianos [ecoando nas idéias desde domingo à tarde]

gosto de você e que se dane o mundo. e foi assim que tudo começou…

eu vou ficar aqui, até madrugada chegar e trazer você pra mim…e dito e feito, veio madrugada, você e toda a leva de sensações perdidas e espalhadas nessa confusão que sou eu…

sei que a tua solidão me dói…solidão que nada!

E.NER.GIA.RA.CIO.NAL! só existe um caminho. o caminho do bem!

a matadeira vem chegando ou eu vou cantar pra saudade com seu vestido vermelho ou ainda, mas não menos importante, sou palhaço do circo sem futuro… não podia ser de outro jeito…

minha religião é o prazer! sem dinheiro pra yoga, pra droga ou renda pra merenda… ainda assim… vem morar comigo em babylon?

a menina dança, bem ali, na ipiranga com a são joão, e são tantas as coisas que acontecem no meu coração…

o problema é muita estrela, pra pouca constelação, né não? TOCA RAUUUL!

e por fim, só pra encerrar, foi assim… chora, não vou negar [não vou negar], chegou a hora, vais me pagar, pode chorar, pode chorar! é o teu castigo, brigou comigo, sem ter porque, eu vou festajar o teu sofrer, o teu penar. você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão!

a virada que me virou!

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to ficando chique… fui convidada a escrever sobre a Virada 2009 por uma amiga jornalista, Josie Moraes. topei e ela publicou… tá lá no Música para... blog para quem quiser conferir…

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