Ouvindo: Metarmofose Ambulante, Raul Seixas.
Eu juro, não aguento mais tanta polêmica. Começou com o show do Pearl Jam, continuou com a merda de indicação do filme "2 filhos de Francisco" para representar o Brasil no Oscar, culminou com a votação sobre o referendo e vai continuar por mais algumas semanas, porque com certeza mais algum assunto vai aparecer.
Ai, hoje eu cansei de levantar a voz para tentar ser ouvida. As pessoas simplesmente metralharam pontos de vista obtusos, argumentos falhos e estufaram o peito para mostrar quem era o mais sabido e interessante. Chato, muito chato. Eu não quero polêmica. Também não quero ser politicamente correta porque enche o saco e ninguém se lembra dos politicamente corretos. Mas sabe, eu queria ouvir uma pessoa sensata discursar sobre todos esses assuntos e me esclarecer todas as dúvidas que eu tenho. Aí, talvez eu mude de opinião e deixe de me equilibrar na corda do saber-por-acaso. Hoje, eu não tenho conhecimento suficiente para dizer o que acho melhor nisso ou naquilo, apesar de eu achar que ´Nina´ é um filme brilhante, apesar de eu querer ver o show do Pearl Jam numa boa, sem prefeito e molecada me enchendo o saco e apesar de eu querer, sinceramente, um país menos violento. E, finalmente, apesar de eu querer que as pessoas não questionassem algumas atitudes que podem parecer estúpidas, mas têm um fundo de coração ali que ninguém deveria ousar duvidar.
Passei hoje na Saraiva para tentar achar alguma revista ou jornal que me chamasse a atenção. Vi "7 razões para votar ´não' ao desarmamento" e do lado desta capa, uma outra revista metida a cool que tinha um buraco de bala que atravessava todas as páginas e dizia "Porque você deve votar 'sim'". A primeira página do jornal, dois tablóides depois, comentava a decisão de fazer o show do Pearl Jam em São Paulo e o outro, do lado dizia que o prefeito Serra continuava irredutível em sua decisão. CPI dos Bingos. Dos bingos??? Mas não era dos Correios? Zezé Di Camargo, Luciano, Oscar. Bleeeergh! Não. Nenhuma revista, nenhum livro, nenhum disco inovador. Nada, nada.
Mas, de repente, escondida entre um SIM, outro NÃO, fofocas, CPIs, Duplas sertanejas e prefeitos com cara de bisonho, eu avistei uma revista, meio amassadinha, coitada, mas que tinha em sua capa os seguintes dizeres em letras de concreto: "O fim do mundo começou".
Suspirei, abri um sorrisão, peguei a revista e saí correndo para pagar.
2 comentários:
Hahahaha....muito bom!!!
É o fim do muuuundo, só pode ser!!!
Beijos...
É o começo do fim. Ouvi, aqui dentro de mim, o Silvio Luiz gritando: "Estááááá valeeendôoooo!"
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