quinta-feira, 25 de agosto de 2005

LADO DIREITO DO CÉREBRO!

Síndrome
Pessoal, acho que estou meio revoltado com a política e a sociedade do nosso amado e idolatrado País, estou postando coisas pesadas neste Blog, e nada melhor que gargalhar para relaxar! Então façam o seguinte exercício;
Quando você estiver sentado à sua mesa, faça círculos com o seu pé direito no sentido dos ponteiros de um relógio. Enquanto estiver fazendo isso, desenhe no ar o número 6 com a sua mão direita.
Agora começa a rachar o bico, pois o movimento do seu pé vai mudar de direção...
Vai circular contrário aos ponteiros de um relógio...
Não adianta, é o mesmo local do cérebro que comanda...

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

A morte do PT

Síndrome
O texto do Marcelo Taz à seguir, me fez repensar minha opinião política, é provocante e ao mesmo tempo muito coerente, leiam e tirem suas próprias conclusões...

Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano" pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores. Vejam, nunca fui "contra" o PT, antes dessa fase arrogante mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo partido e até cheguei a votar nos "cumpanheiro". A produtora de televisão que ajudei a fundar no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei. Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido dos Trabalhadores, vou citar duas;
Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas. Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um dos nossos.
Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca entendi. Qual a intenção? "Quem é ou não é trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos vagabundos?

E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca trabalharam, pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80, ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos caras era ser "dirigentes do partido", isso mesmo, basta conferir o currículum vitae deles, repare no choro do Zé Genoníno quando foi ejetado da presidência do partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele, ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São palavras dele, não minhas. Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20, talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina mole de atirar pedra em vidraça.
Meus amigos petistas espumavam quando eu apontava esse pequeno detalhe no curriculum vitae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores não trabalhava!!! Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?
Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério. A preguiça histórica é o que justifica o surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que justifica essa ilusão em Paris... misturando champanhe com churrasco ao lado do presidente da França... outro que tá mais enrolado que espaguete.
Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade. Mas pelamordedeus, não me venham com essa história de que todo mundo é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa 2... Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe) de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o filme do início jogando todos na lama. Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca fui amigo dessa gente.
Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os "dirigentes", "conselheiros", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de palpiteiros da realidade numa grande plenária. Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir a realidade brasileira. Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no batente, vocês possam finalmente, fundar de verdade um partido de trabalhadores.

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Bom Dia, Tristeza!

Jú Mancin

Ouvindo Samba da Benção, Vinicius de Moraes

Dia triste hoje. Melancólico, parado. Eu diria que suspenso. Sem motivo aparente. um pouco de poesia para embelezar a tristeza.

Bom dia, Tristeza!

Que tarde, Tristeza!

Você veio hoje me ver

Já estava ficando

Até meio triste

De estar tanto tempo

Longe de você.


Se chegue, Tristeza

Se sente comigo

Aqui, nesta mesa de bar

Beba do meu copo

Me dê seu ombro

Que é pra eu chorar

Chorar de tristeza

Tristeza de amar.

Adoniran Barbosa/Vinicius de Moraes

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Mentiras


Jú Mancin


Ouvindo California Uber Rules, Dead Kennedys

Têm coisas que não tem explicação. Mentira é uma delas.

Claro, não tô me referindo à corja que comanda esse país, nem aos grandes líderes mundiais. Esses conspiram mesmo. Eles vivem de mentiras, precisam disso para se manter no poder. São tantas mentiras que nos perdemos. A sensação que tenho é a de que vivemos constantemente na MATRIX. O Mito da Caverna, de Platão é perfeitamente aplicável ao mundo atual. Deveríamos sair de dentro da caverna e passar a enxergar a verdade sobre aquelas figuras que fazem sombras dentro dela. Mas isso pode ser perigoso e feio. Não é disso que tô falando.

Falo sobre mentiras do dia-a-dia, que nós pobres mortais, sem mensalão, contamos. Mentiras sem fundamento. Mentiras pro chefe. Mentiras pro pai. Mentiras pros amigos. Meu Deus, esses são as grandes vítimas. Quantas desculpas esfarrapadas nos pegamos dando, para justificar nossa ausência em algum lugar? Não seria mais simples dizer, não fui porque não quis. Risos. Aí nos vemos dizendo, que não "deu". Que não "pude". Que não "estava bem". O que tem de gente internando a mãe, o pai, a avó, tios distantes, enfim. Matamos nossos entes para justificar nossas "cagadas". Vai entender. por isso eu digo sempre: ODEIO GENTE!

Será que vamos ter de apelar para CPI´s? Imaginem CPI do Parque Espacial. Nossa! Seriam muitas vertentes dentro de uma mesma CPI. A CPI do Parque Espacial vai investigar o namoro de fulana com beltrano. Ou a implicância daquela menina com aquela outra menina. Ou a "inesperada" gravidez de alguma desavisada que não se previne. Ou o sumiço daquele amigo que a gente tanto preza. Enfim pequenas mentiras sem explicação. E absolutamente desnecessárias.

Outra sugestão é a análise dos sinais para a detecção de mentiras, que eu achei num site sobre mentirosos. Então vamos lá. Fiquem atentos!

Alterações na voz;

Mudanças no estilo de discurso;

Um aumento substancial de "ah" e "hum" enquanto se está a falar;

Alterações no contacto visual. Geralmente fazemos contacto visual durante ½ do tempo em que estamos a falar. É verdade que há pessoas mais tímidas do que outras, mas tome atenção quando estiver a falar com alguém, se, a um dado momento, essa pessoa começa a olhar noutras direcções e a não conseguir encará-lo directamente. Afastar o corpo, nem que seja suavemente;

Tapar a cara com a mão, principalmente a boca;

Movimentos nervosos dos pés ou das pernas.

That´s it!!!

E ó...mentira tem pernas curtas, hein pessoal!!! Hahahaha...

Shit Happens


Lu Minami

Ouvindo: If you leave me now, Chicago.

Eu estava um pouco cansada hoje. Tive reuniões que duraram horas ao invés de breves minutos eficientes e respondi uma penca de emails. Vai e volta. OK, obrigada, fyi, responda asap, estou no aguardo. Tu tu tu tu... telefone sempre ocupado da única pessoa que eu tinha que falar hoje para resolver a minha vida. Sempre ocupado. "O telefone móvel está ocupado ou fora da área de registro". Para onde você foi, hein? Com quem está e o que está resolvendo, que não tem tempo para me atender?

Me irritei, olhei para o relógio que marcava 18h. Estava contente, pegando a bolsa e o meu assistente eficaz comenta: Hoje é seu rodízio, vou buscar café, quer? Quero, sento emburrada. Goles de café expresso com baunilha me acalmam se não queimassem a minha língua. Continuo a analisar as minhas pendências e respondo mais emails. OK, tento mais uma vez. Ocupado, salvando o mundo de bombas nucleares ou tirando o seu da reta em algum problema na empresa.

Abro o site do cinema, resolvo pegar uma sessão. Filminho bobo, água com açúcar. Eu sei, é letal para mim nas atuais circunstâncias. Romance hollywoodiano é exatamente o motivo que eu preciso para me afundar em tristeza auto-piedosa e me matar em seguida, para ser achada 1 semana depois, cinza e magra.

Resolvo ir.

Comprovado: filme de amigos que se conhecem há anos e, depois de encontros e desencontros, resolvem que se amam e querem se casar.

Depois da tentativa frustrada de me matar na marginal, tento o celular de novo. Tu, tu, tu, tu... Porque eu, ao invés de tu? Porque eu é que tenho que estar desse lado da linha ouvindo tu, tu, tu... podia ser algo como te quero, quero, quero, quero. E, na segunda tentativa, algo do tipo: agora, agora, agora. Não. Continuo no tu, tu, tu.

Páro no posto, peço outro café. E saio da loja de conveniência para fumar um cigarro. Conveniente seria se o frentista não tivesse me dito: Moça, não pode fumar aqui não. Tem risco de explosão por causa da gasolina. Ora que se exploda! Mas não, apago o cigarro obediente e vou para o carro ouvir músicas tristes. Já que é assim, que seja. Fico triste e mal-humorada.

O mundo poderia acabar hoje. Com a fúria das coisas quando estas se destróem, eu me acalmaria numa segunda-feira desesperançada.

Eu quero aquele adesivo de carro: Shit Happens.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

TPM


Jú Mancin


Ouvindo Protege Moi, Placebo

TÔ NA TPM!

Preciso dizer algo mais???

Preciso.

FODA-SE! FODA-SE! FODA-SE!

Pronto!

sábado, 6 de agosto de 2005

Ai, te esqueci.

Lu Minami

Ouvindo: Piercing, Zeca Baleiro

Eu resolvi num dia de inverno que esse frio não me congelaria mais e que meu coração queria se aquecer de novo. Mas aí, me bateu aquele desespero do cobertor que eu não conhecia. Estava tão acostumada com seu cobertor bege encardido. Fiquei na dúvida se o novo cobertor me permitiria fazer bolinhas tão macias como o seu.

Mas sabe, não teve jeito. Esse novo chegou devagar e se apoderou do meu álbum velho de fotografias e o substituiu por capas coloridas e novos retratos felizes e tranquilos. Você nunca adoçou meu café. E eu nunca permiti que alguém fizesse isso. Mas ele sabe a medida certa do pouco açúcar que eu gosto. Sabe que eu detesto adoçante e refrigerante light antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Ele me deu um disco do Paulinho da Viola e disse que a faixa 2 era para mim. Alguma coisa qualquer sobre um samba infinito. Não que eu tenha prestado atenção, porque não prestei. Ainda finjo ser indiferente aos estímulos que ele faz para fazer com que eu me apaixone por ele.

Um dia, fomos jantar e ele pediu meu vinho preferido, mesmo sem combinar com a comida. Não importa, ele disse, o vinho precisa combinar com você. Nesse momento, você me pareceu bobo e egoísta.

Ele viu poesia na noite da cidade e entendeu que gosto mais da minha solidão do que dele ou de qualquer pessoa. Ele disse que sou egocêntrica e prepotente. Me xingou, segurou no meu cabelo como se fosse corda, me carregou e me forçou a dormir com ele. Eu não queria dormir ali, mas o conforto me venceu e eu fiquei.

Nesse momento de serenidade incompreendida, eu te odiei mais do que tudo. Me vinguei da sua apatia e maldisse a sua preguiça estúpida e a sua falta de paixão. Não queria nunca mais acordar e isso era sinal de que se o mundo terminasse naquele momento, era ali que eu deveria e queria estar. Mesmo com a corrupção, o terrorismo, a violência, a decadência e a tristeza, eu não queria levantar bandeira nenhuma. Meu consumo por direito era aquele, ali do meu lado, que dormia de olhos meio abertos.

Ah se eu pudesse escolher, viveria mais um tempo na tristeza que você me presenteou. Mas não tive escolha e voltei a sorrir.

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

LostBoys


Jú Mancin


Ouvindo Zen Brain, Nada Surf (a banda que meu amigo grunge me apresentou)

Um inusitado encontro me fez sentir muita saudade dos velhos tempos. Uma reunião de renomados Abutres do Parque Espacial. Os "lost boys" da nossa Neverland. E fiquei pensando, onde andaria o Peter Pan. Parece que ele deu uma sumida, deve estar correndo atrás da sua sombra por aí. Neverland anda triste e silenciosa, sem a magia da infância. Será que todo mundo cresceu?

Saudade das tardes quentes, dos skates, do Offspring/Green Day/Nirvana/Janes cantando pra gente, das piadas, da gang toda reunida, sem motivo aparente. O grande motivo éramos nós mesmos. Farrel berrando a mensagem de Jane. Bob nos mandando lutar por nossos direitos e nos avisando dos males de um mundo de guerras. Cerveja. Muuuuita cerveja.

Onde se enfiou o Peter?

Será que tá na Austrália, dando uma forcinha por nosso amigo português e esperando o Abutrão que já tá indo?

Ou tá com o Pastel? Acho provável. Esse não cresce nunca.

Pode ser que ele esteja lá em Bento, fazendo companhia pro nosso querido Bisna. Um cara sisudo, mas não menos amigo.

Lá na Paraíba, em "Soiza", com o Dimas? Aliás como será que tá o Dimas? Espero que a Era Digital chegue lá um dia e nos coloque em sintonia com esse abutrinho. Muita saudade dele!

Ou com o "menino Alisson", lá pras banda de Fortaleza?

Bom, talvez o Peter esteja aqui por perto mesmo. Tentando explicar pro Arroiz que crescer assim tão rápido é letal pra saúde. Pra dele e pra nossa, que ficamos na saudade.

Seja como for, o Peter tem dois "lost boys" trabalhando muito com ele. Além de todas as fronteiras. Nos dizendo a cada momento que a vida é curta, e que só nos resta viver. Intensamente.

Esse é o legado que nossos ABUTRES nos deixaram, sigamos então, do jeito que manda a tradição. Bebendo e aprendendo. Entre um café e um cigarro, uma cervejinha pra clarear as idéias.

E só nos resta implorar ao Peter Pan, que volte logo, e nos de o ar da sua graça.

E só pra não perder o hábito. GRUNGES NEVER DIE!!!!

Site Meter