ju mancin
d °_° b canção da eterna despedida, orlando silva
"madrugada chegou
e a sua luz me diz que devo partir
mas meu coração..."
Era um acordo simples, aparentemente fácil de manter. A partir de um determinado ponto, cada qual para o seu canto para que pudessem seguir juntos. Assim falando parece complicado, mas era simples. Eles nunca souberam que bons ventos os trouxe, cada um pra vida do outro. Eles nunca quiseram saber. Um precisava de ajuda, o outro precisava ajudar. Eram humanos, falhos, fracos às vezes, às vezes fortes. Eram amigos. Um mentia que amava, um mentia que não amava e vez ou outra, invertiam os papéis, quem não amava, amava e quem amava não amava. Quando um mentia, os olhos do outro se fechavam, passava. Mentiras bobas...
Um queria mais, o outro, tanto faz. "Sim" era bom, "não" era péssimo, "tanto faz" era pouco, um não podia aceitar, apressou o nunca mais pra que aquilo pudesse durar pra sempre, conforme o acordo, que era simples mas, agora, nem tanto.
No fim das contas, tudo foi como tudo é no fim das contas, um partiu, um ficou, um chorou, outro não...
Eram amigos e isso bastava.