jú mancin
d °_° b touch me, the doors
como começar um post depois de perder a mão de escrever, a inspiração e a linha?
esse deveria ser um post falando de mim, ou para mim, tentando explicar a mim mesma de onde brota tanta ausência. eu poderia começar dizendo que sou isso ou aquilo… e falar das coisas que não quero ser, poderia dizer que vejo o mundo com os olhos de um poeta e ouço, atentamente, a cada um dos sussurros que me sopram aos ouvidos… e dizer que sinto na carne o pensamento dos que me cercam.
se eu fosse séria, diria também das coisas que não admito: olhar nos olhos e não enxergar a alma, vida vivida pela metade, sangue morno e caretice. poderia falar que entre as coisas que não quero ser, a que mais me assusta, é escrava da moral e dos bons costumes, não por rebeldia, mas pelo simples fato de estar em luta comigo mesma, para tornar-me quem eu sou e dar vida ao meu mundo, que se agita com força atrás destes desta cortina que vos escreve, um mundo livre, que permite toda e qualquer loucura, desde que salvem-se todos entre os mortos e feridos.
mas eu não sou séria e algo me diz que nas próximas cinco linhas vou perder o raciocínio que me trouxe até o moleskine…
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perdi o foco, mas isso já não me assusta mais, sofro de TDAH [transtorno do déficit de atenção e hiperatividade]. hiperatividade cerebral é veneno pro meu corpo mole. eu penso, penso e penso, logo desisto e não saio da inércia. uma pena pra mim e tremenda sorte pra vocês, que nunca saberão da capacidade que uma mente atormentada por 33 anos de puro ócio, tem para pensar bobagens, sacanagens, maldades, safadezas e afins.
o fato é que precisava encontrar um meio de começar a falar. estou atolada na vida, bem aqui, do alto dos meus mal dormidos 33, e precisava respirar…