ju mancin
d°_°b god help the girl, god help the girl
“e apenas ser mais um na sua cama, por uma noite apenas
e nada mais”
meus pés descalços passeantes à beira do abismo parecem não se importar com o risco que correm. displicentes como quase tudo aquilo que me encanta, não se importam com o risco a que me expoem. meus pés descalços ansiosos por um pouso suave, parecem não notar o caminho de cascalhos que se trilha sob nós e parecem saber onde vão, embora eu saiba que eles sequer imaginam os perigos a cada vez que se lançam irresponsavelmente para a boca do precipicio.
minhas noites de sono são insônias delirantes.
passo o dia, quase sempre, sonhando acordada com pequenas verdades quase não-palpáveis.
numa daquelas certas manhãs em que se acorda de sonhos intranquilos, de sobressalto, sem saber se foi sonho ou realidade. sem saber se meu desejo é crime. se meu medo é fato. banhada em sentimentos. inebriada. penso em borboletas vermelhas feito sangue. penso em tristes e negras borboletas pairando sobre nós, ditando as regras de uma loucura tão lúcida quanto a das ditaduras. e em lindas borboletas roxas, que nos unem num desenho imaginário como cola invisível e que num toque de mágica, voltam a avermelhar-se em tom de sangue.
PERIGO! ALTA TENSÃO!!!