segunda-feira, 31 de julho de 2006

Meu mundo...

Jú Mancin


Ouvindo Sympathy for the devil, Rolling Stones (ao vivo, gravado entre 1963 e 1971)

*** Cacete Lú, tô congelando aqui, e leio a tua história aqui embaixo, congelei de verdade!***
&

Tava pensando esses dias, ando meio introspectica demais. Não sei a causa, e é provável, que nunca venha a saber, mas o fato é que ando vivendo no meu mundo.

Aqui o céu é azul, a temperatura é sempre muito agradável, depois da chuva que cai à tarde, o sol desponta no horizonte, onde se põe tranquilamente, e cede lugar à Lua encatanda. A música toca sem parar. Rock tem guitarra, baixo, bateria e vocal. E música brasileira, é pura poesia - Poesia e ritmo - Aqui eu trabalho para viver, e não vivo para trabalhar, tenho coisas mais importantes à fazer. Tenho amigos pra paparicar e um amor maior que o mundo, que me dá a cada minuto, a certeza de estar no meu caminho. Ah, sobre o amor, aqui ele é genuíno, verdadeiro e para a vida toda. Ele faz sonhar, faz tremer, faz chorar e rir, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. E sobre os amigos, aqui eles são leais, não se deixam levar por qualquer sensação barata. Aqui se respeita o liberdade alheia, sem se privar da própria. Aqui não tem política, nem eleição, todos são donos de suas vontades, e é incrível, a anarquia funciona! Aqui vivo sem problemas, quero dizer, só com os meus problemas, não os TEUS, os MEUS, entende? É mais fácil assim. Acho que estou além do arco-íris, mesmo.

Mas sabe qual é o melhor daqui? Só entra quem eu quero que entre! E se entrar e me incomodar, eu mando sair, e puff...como mágica, tchaaau persona non-grata.

Adooooro isso!

Vou nessa, preciso encontrar os cookies fresquinhos que alguém escondeu por aqui.

Vejo vocês em outra vida!!!

sábado, 29 de julho de 2006

Meia suja e molhada

Lu Minami

Ouvindo: The Boogie Monster, Gnarls Barkley


Existe algo mais desconfortável do que meia molhada no pé?

Ei, sério. Me responde. Imagine que você esteja com frio, depois de ter tomado uma chuva. Mas deixa eu explicar como é essa chuva. Não é nenhuma chuvinha refrescante, de verão, no meio da tarde na praia. Não! É uma chuva com vento, gelada, com gotinhas pequenas e irritantes entrando no olho e embaraçando todo o cabelo. Ah, você entendeu precisamente. É irritante!

Pois é. Aí você está no meio dessa chuva, com um casaco que se torna pesado e antiquado depois de molhado, munida de um guarda-chuva um pouco enferrujado que abre as hastes para cima, como num filme de comédia, em que rimos da desgraça alheia. Pois é, o pobre coitado fica parecendo um bicho com as pernas abertas e para cima. É, eu sei... é bem constrangedor se pensarmos. Daí, você anda pela rua que já está lotada de entulho e fedida, com um riozinho lamacento, cheio de papel de bala e bituca que impossibilita o seu caminho. É claro que seu sapato vai molhar. É claro que você vai sentir frio e pensar que é uma desgraçada nessa cidade doida e cinzenta.

Você rezou um mês inteiro para essa chuva chegar e levar toda essa sujeira do ar, do seu carro cheio de pó, do seu coração seco, da garganta arranhada. E aí, essa chuva te traz todo esse entulho para você travar as pernas, sentir frio na barriga e desarrumar o cabelo que tenta encobrir olheiras cansadas de tanto trabalhar. Essa sujeira que deveria ser levada para longe com a água e o vento me deixou com frio, desprotegida e completamente exposta.

Mas que porra!
Porque eu tinha que encontrar você justo hoje?

Seu... seu... Seu par de meias molhadas!!

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Trocando o assunto... escutem Gnarls Barkley (St. Elsewhere).
Mude tudo e dance muito.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Adorei esse lance de missão!

Lu Minami

Ouvindo: Level, The Racounteurs.

rs... Fiquei imaginando como seria sair por aí e dar de cara com uma cartinha dizendo qual é a minha missão nesse mundo. A gente vive a vida toda tentando descobrir porquê cargas d´água está aqui, perambulando e interferindo em tudo.

"Cara humanóide Luciana:
1) Esqueça essa carreira de publicitária (e não a troque pela de advogada. Pode até melhorar, mas acredite: dá no mesmo).
2) Esqueça esse lance de entender tudo e mantenha-se na superfície. Pode ser que você entenda que não há nada para ser entendido.
3) Acredite nas conspirações. Geralmente é onde mora a verdade. É que eu as mantenho absurdas para serem desacreditadas mesmo.
4) Vá. Não importa como, mas vá.
5) Gaste seu dinheiro em bons shows, livros, Cds e filmes. Nada de previdência privada PGBL, VGBL, seguro de vida, liquidez, etc.
6) Pare. E respire.
7) Pare de insistir nisso. É sério.
8) Gaste seu tempo ocioso com papo furado. Discuta a origem do planeta, o final de LOST, a situação do Corinthians, etc.
9) Durma bem.
10) Coma bastante e sempre imagine: não existem calorias nesse hamburger."

MISSÃO: DESTRUIR OS EXÉRCITOS AZUIS...

Jú Mancin

Ouvindo Would?, AIC

Tava aqui vagando pela NET, e encontrei um POST sensacional, num blog, que contava a saga de um dia ruim. Em meio à uma crise existencial, um sujeito interessante sai pra caminhar olhando pro chão, e se depara com uma cartinha do WAR, que dizia o seguinte, SUA MISSÃO: DESTRUIR OS EXÉRCITOS AZUIS.

Isso é demais! Imagina, receber instruções à cada crise existencial. Só fico imaginando o tipo de instruções que eu receberia.

Risos...dá até medo!

Depois eu penso mais sobre isso! Vou sair pra caminhar e ver se encontro algum Manuel de Instruções para viver...

Fim do inverno...

Jú Mancin


Ouvindo o álbum Sweet Oblivion, Screaming Trees

Oooow, faz tempo hein, tava me sentindo sufocada com essa ausência desse meu diário.

Minha vida tá um CAOS, cheia de trabalho, projetos e coisas. Nesse período afastada me entreguei a um Banco de Dados, muita música, muitos e-mails, o que aliás, também pode ser a causa desse afastamento, eu prometo, querido BLOG, que um dia ainda publico aqui, um dia de e-mails trocados com pessoas insanas.

Tô feliz. Vou ver o Chico Buarque, sonho muito sonhado vai virar realidade. E anciosa também, Beastie Boys esse ano ainda no TIM Festival, quem sabe?! O negócio é sentar e esperar, com o fone no ouvido e o volume bem alto.

Bom...sem grandes assuntos por hoje, era só pra dizer que ainda estou aqui, ainda tenho o que dizer, mesmo que seja para ninguém ouvir.

Fui...

E só pra não perder o costume....DÁÁÁÁÁÁ-LHE CHIVAS!

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Refação

Lu Minami

Ouvindo: qualquer coisa do Leonard Cohen, prá doer de verdade.

Todo ano eu passo por algumas semanas de "refação". É, como em propaganda. Não tem campanha que precisa de refação? Eu também preciso.

Passo algumas semanas mais sozinha, mais concentrada em mim, esquecendo um pouco da dor dos outros, olhando para meu umbigo que estufa por causa das células gordas ao redor. Tem gente que me conhece há tanto tempo que nem percebe mais. Acho que se acostumaram.

Mas o fato é que eu canso. Eu chego num ponto de impaciência com o ser humano e suas besteiras. Eu alcanço um degrau acima para olhar para todo mundo e dizer: Seu bostinha! Não quero mais sua verborragia ou a falta dela. Não tolero mais essa sua incompetência para sentir e falar o que pensa e assim, sentir e falar tudo errado. Não suporto mais esse rótulo que você carrega na bolsa e mostra para quem quiser como se fosse uma insígnia da polícia. Não consigo mais sorrir de mentira, dizer doçuras, quando na verdade a única coisa que preciso é olhar duro nos olhos e dizer que não, eu não gosto mais.

Esse estado de fúria e rancor é rápido, quase não dá para descrever porque em seguida, mergulho em outro lugar. Começo a pensar se o mundo que vivo é de verdade. Se minhas ações, palavras, pensamentos e sentimentos são realmente sinceros. Fico pensando se não sou condicionada ou manipulada o tempo todo. Fico imaginando se o acaso existe mesmo ou se tudo faz parte de um suposto destino, entrelaçado em cada dia da minha vida, cada pessoa que cruza meu caminho, tudo que ouço, vejo, pego, cheiro. Meu estado de confusão permanece por mais tempo. Me vejo no trânsito olhando para o meu reflexo misturado com os outros rostos apáticos de São Paulo. Será que não é apenas um retrato? Uma foto tirada as pressas, que monta um álbum de fotografias sem importância?

Quando fico confusa demais para distinguir um semáforo de uma foca, entendo que é preciso racionalizar. Penso nas razões que me levam a sair da cama quente todo dia e alcançar o despertador do outro lado da cama, gelado. Me pergunto se vale a pena ter uma cama tão grande e um despertador tão barulhento. Faço tantas perguntas que as respondo com mais perguntas. Quero descobrir em 10 minutos porquê existo. E, antes de entrar numa convulsão cerebral, me agarro numa resposta simples e emocionada.

Vivo porque é preciso. Vivo por causa de todos os clichês que já vivi e os que ainda estão para chegar. Vivo por causa de todas as bizarrices que presenciei e por todas aquelas que ainda se levantarão na minha frente. Vivo porque a felicidade só acontece quando se sabe o que é estar triste de verdade ao ponto de dormir desesperada e acordar chorando. Vivo porque a tristeza, a decepção e a desilusão são capazes de desembaçar meus olhos. Vivo porque compreendo e sou incompreendida e vice-versa. Vivo porque todo ser humano precisa sentir a liberdade, mesmo que por algumas semanas. Esta razão me basta.

E então, desço daquele degrau e volto para o degrau que me pertence nesse enorme latifúndio.

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